POLÍTICAS

 


Recebi uma mensagem com texto se referindo a Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes. Não está eivado de erros de português, nem de xingamentos, como costuma acontecer. Muito bem escrito e com raciocínio para dar o que pensar. Tanto para os apoiadores quanto para os detratores do Mito. Eis a bela peça de literatura: “Jair Bolsonaro já selou seu destino e o de Alexandre de Moraes. O algoz virou prisioneiro, sua cela é o STF, sua casa uma jaula de luxo. Ele jamais andará livre novamente, pois sua sentença é eterna. Moraes se trancou no próprio império. Ele pode ter poder, mas não tem paz. Seus passos são seguidos por seguranças, sua vida é uma vigília constante. Ele não pode andar livremente sem ser hostilizado. Seu castelo virou prisão. Sua caneta, um fardo … e sua sentença perpétua. Bolsonaro não precisa de um cargo para ter poder. Onde ele pisa, multidões o seguem. Onde ele fala, ecos percorrem o Brasil e o mundo civilizado. Ele não tem um exército invisível, ele tem o povo. Seu poder não pode ser arrancado, porque não vem de uma caneta, mas da alma de milhões. Ele desmoralizou a Corte de forma irreversível. O tribunal outrora intocável, agora sangra credibilidade, a cada decisão. Cada canetada que deveria inspirar temor só desperta desprezo. Agora como Reis que perderam sua coroa, mas insistem em vestir o manto. Jair Bolsonaro criou o Movimento mais temido do Brasil. Não é um partido, não é uma sigla, não é uma ideia passageira. É um turbilhão imparável que cresce a cada dia, como um incêndio que nenhuma tempestade pode apagar. Não há força capaz de contê-lo. Não há vitória para Moraes nesse jogo. Não há escapatória. Ele pode usar sua caneta e posar como vencedor. Mas, no fundo ele sabe. Ele sente o peso do olhar de milhões. Sua caneta não poderá reverter a Realidade, com a qual terá que lidar pelo resto da vida. Bolsonaro já não é apens um homem, mas um símbolo. Ele transcendeu sua figura mortal e se tornou um espectro na História. Seu nome ecoará por gerações. Sua força não está em uma caneta, mas na memória coletiva de um povo que nunca se curvará. Lendas não morrem. Não importa o que aconteça Jair Bolsonaro já venceu. Não há grades que possam segurá-lo, nem censura que possa apagá-lo. É apenas uma questão de tempo até recuperar sua coroa e seu poder. O relógio segue avançando e para seus inimigos, o Tempo está se esgotando”. Concordando ou não com tudo o que aconteceu em Brasília, ninguém pode negar que a mensagem foi bem elaborada e que encerra algumas verdades. O tempo não apagará o bolsonarismo, assim como não apagou o peronismo, o nazismo e outras doutrinas políticas.


CULTURA


Lendo o “Livro sobre livros” do meu saudoso amigo Enéas Athanázio, encontrei o que escreveu sobre publicação organizada por outro amigo meu, o jornalista e membro do TCE, Moacir Pereira. Trata-se de uma coletânea de artigos sobre outro homem de comunicação que gostaria de ter conhecido. É tudo homenagem a Altino Flores, que foi o fundador da Associação Catarinense de Imprensa. Uma figura importante da nossa literatura, que andava esquecida. Pela sua militância como jornalista, professor, critico literário e homem público, a homenagem é mais do que merecida e o livro faz justiça a quem tanto deu de si em favor da nossa cultura.


DEFENSOR


Altino Corsino da Silva Flores nasceu no arraial das Capoeiras, município de São José, em 4 de Fevereiro de 1892. Estudou em diversos colégios sem, no entanto, concluir o ensino médio, porque segundo Lauro Junkes, “com a morte do pai, sua família passou por dificuldades econômicas e a Altino coube trocar os estudos pelo trabalho”. Amante dos livros desde a infância, curioso e observador, amealhou com o passar do tempo sólida cultura, inclusive no domínio da língua, da qual foi sempre apaixonado defensor.

 

TIPÓGRAFOS


Exerceu diversas atividades e ocupou cargos públicos de destaque, quase sempre na área da educação, mas a sua vocação maior o conduziu ao magistério e ao jornalismo. Muito escreveu para diversos periódicos, fundou jornais e revistas e acabou proprietário do jornal “O Estado”, que recebeu de presente de Vitor Konder, seu grande amigo. Mais tarde venderia o jornal “por falta de tipógrafos”.


ANIMAIS


Crítico literário corajoso, foi grande polemista e conhecedor dos clássicos da literatura universal. Severo e justo nos seus julgamentos literários, com ele amizade, apadrinhamento e o tráfico de influência não funcionavam. Ter livro analisado por ele, já engrandecia o autor. Foi um dos fundadores da Academia Catarinense de Letras, em 1920, e se dedicou às atividades acadêmicas por cerca de 80 anos. Em 1932 fundou a Associação Catarinense de Imprensa, da qual foi o primeiro presidente, e que refundaria em 1934, retornando à presidência. É considerado o decano dos jornalistas catarinenses. Nesse mesmo ano fundou a Sociedade Protetora dos Animais.


HOMENAGEADO


O livro focado por Enéas Athanázio começa com “Imprensa e História Catarinense”, de autoria de Jali Meirinho, seguido de “Associação Catarinense de Imprensa”, esboçando um panorama da época e minuciosa reconstituição da história da ACI desde a sua fundação até os tempos atuais, abordando também o Sindicato dos Jornalistas e a Casa do Jornalista. Depois o depoimento de Norberto Ungaretti, que conviveu bastante com Altino Flores, recordando episódios que revelam um homem de postura e de caráter. Moacir Pereira lembra a militância crítica do homenageado comentando o livro “Textos Críticos”, que é resultado “do extraordinario esforço de resgate da obra dos fundadores da Academia, empreendido pelo saudoso Lauro Junkes. Moacir Pereira faz uma síntese biográfica de Altino Flores e Flávio José Cardozo, recordando o permanente zelador da língua que ele foi. Na sequência “Acadêmico Inconsútil”, de autoria de Theobaldo Costa Jamundá, segundo o organizador “um dos trabalhos mais completos sobre Altino Flores”. Péricles Prade e Mário Pereira encerram a parte dedicada aos ensaios, aquele enfatizando o polemista e este o “espírito guerreiro” do homenageado.


INICIATIVA

O capítulo seguinte contém alguns textos de Altino Flores, infelizmente poucos, mas que dão ao leitor uma mostra de seu estilo e de seu pensamento, comentou Enéas Athanázio. O organizador da obra disse que não foi fácil selecionar alguns textos dentro do mar de publicações de Flores ao longo de tantos anos. Numerosos trabalhos de sua autoria ficaram espalhados nas páginas de jornais e revistas, não reunidos em volumes. Em entrevista com Noemi Flores Boppré, filha de Altino Flores, obteve curiosas informações sobre a vida em família do homenageado, seus hábitos, modo de vida, intimidades e aspectos de sua personalidade. O volume se fecha com uma cronologia e alguma iconografia, estampando várias fotografias, dentre as quais de um grupo de jornalistas na frende da sede do jornal “O Estado” e uma do próprio Altino Flores “no auge da sua produção intelectual”. Enéas Athanázio reputa “Sondagens Literárias” como o livro mais substancioso e de maior importância para as letras locais. Conta que só conheceu Altino Flores de vista e nunca falou com ele, o que muito lamentou, pois revelou apreço pelo seu trabalho e fez diversas demonstrações de simpatia. Concluindo, disse que foi uma bela e justa homenagem, que sentia prazer em contribuir para a divulgação e deu os parabéns ao organizador, colaboradores e editores pela iniciativa.


CHAPECÓ


Na última rodada do Brasileirão da Série A a moçada botou a pontaria no lugar e foi batido o maior número de gols marcados. Até então havia sido na 29a rodada com 36, graças aos 8 a 0 do Flamengo contra o Vitória. Na 38a foram 37. Mirassol 3 x 3 Flamengo, Fluminense 2 x Bahia 0, Ceará 1 x 3 Palmeiras, Corinthians 1 x 1 Juventude, Santos 3 x 0 Cruzeiro, Sport Recife 0 x 4 Grêmio, Vitória 1 x 0 São Paulo, Botafogo 4 x 2 Fortaleza, Internaconal 3 x 1 Bragantino e Atlético Mineiro 5 x 0 Vasco da Gama. Com a queda de dois times cearenses, um pernambucano e um gaúcho e o acesso do Coritiba, Atlético, Chapecoense e Remo, em 2026 teremos no Brasileirão da Série A 6 paulistas, 4 cariocas, 2 gaúchos, 2 paranaenses, 2 mineiros, 2 baianos, 1 paraense e 1 catarinense. Os grandes clubes terão que se apresentar em Chapecó.


Comentários

  1. Acho que se pateseen de falar tanto no Jair Bolsonaro, ele cairia no esquecimento em pouco tempo. Lendo "A Arquitetura da Destruição" de Bernardo Mello Franco é de se perguntar como esse homem pôde chegar onde chegou .

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