VIDA
Na minha infância, não tínhamos televisão, poucos possuíam um relógio no pulso, fazíamos nossos brinquedos com latas vazias, pedaços de madeira, barbante e bolas de meia. Jogávamos peteca, bolinha de vidro, trocávamos figurinhas de coleção e as disputávamos no jogo com argolas. Corríamos bastante, suávamos como cavalos velhos, tomávamos um banho de bacia e dormíamos tranquilos, após ouvir mãe ou avó contando uma história da carochinha. Eramos felizes e acho que os adultos também, pois nunca ouvi meu pai reclamando do soldo de sargento e mesmo os trabalhadores braçais passavam assobiando ou cantando. Havia respeito com o padeiro, leiteiro, lavadeira, limpador de chaminés e todos os que prestavam algum tipo de serviço. Até os corvos viviam felizes, em bandos, em cima dos nossos telhados. Dizemos que o mundo evoluiu e apesar de todo avanço tecnológico as pessoas não cantam e não assobiam mais, pois só se preocupam com as dificuldades da vida.
PERFEITAMENTE
Segundo informe do Ministério do Trabalho, no ano passado aconteceram 470 mil afastamentos das atividades laborais causados por problemas mentais. Para resolver este problema moderno, está-se projetando a utilização de uma filosofia desenvolvida no pequenino Reino do Butão: a Felicidade Interna Bruta. Lá descobriu-se que a felicidade não é individual e sim coletiva. Quando todos estão felizes o indivíduo também se sente bem. Talvez voltando a ver nos colegas de trabalho amigos e não concorrentes e não ficando com medo do desemprego pelo advento da inteligência artificial a cabeça dos milhares afastados vote a funcionar perfeitamente.
MADEIRA
Em Blumenau uma criança jogou uma bicicleta pela janela do apartamento no quinto andar. O veículo de tração humana caiu na varanda do primeiro andar. Felizmente não atingiu alguém. Em São Paulo e outros municípios paulistas está ocorrendo um fenômeno que é outra prova da insanidade mental. Mais de 400 ônibus já foram atacados com pedradas. Além dos danos materiais, com vidros quebrados e lataria amassada, também pessoas foram atingidas, inclusive uma mulher que recebeu uma pedra na cabeça. Qual o motivo? Quem está se envolvendo nesta ação de vandalismo? Os ataques estão sendo combinados pelas redes sociais ou é simplesmente mimetismo criminal? Se é coisa de jovens revoltados, Felicidade Interna Bruta para eles, quem sabe deixando o celular de lado e voltando a brincar com bola de meia, carrinho de rolimã e caminhãozinho de madeira.
No Brasil 2.272 municípios ainda continuam recolhendo o lixo e jogando num terreno baldio, denominado lixão. Em Goiás, desabou o lixão Ouro Verde, na cidade de Padre Miguel. A grande quantidade de resíduos liberada, principalmente o chorume, contaminou o Córrego Santa Bárbara e o Rio do Sal, afetando comunidades rurais. A secretaria do meio ambiente do estado determinou a interdição do local e a proibição do uso da água dos mananciais contaminados. O lixão funcionava como aterro sanitário desde 1993, perdeu a licença ambiental em 2011 e não cumpriu as exigências de regularização. O caso expõe riscos semelhantes em outros lixões espalhados por toda a nação.
GERAÇÃO
Para se exibir para o mundo, na Copa do Mundo de Clubes, toda vez que o serviço de meteorologia deteta a chegada de um temporal, com perigo de descargas elétricas, manda suspender a partida e jogadores e árbitros buscarem local seguro. Aí um dilúvio no Texas faz o rio subir 9 metros, em duas horas, e centenas de crianças e orientadoras morrem afogadas porque não houve alerta. Nem para o prefeito e muito menos para o dono do parque em que acampavam na margem do rio. Tudo bem que foi tarde da noite, quando estavam dormindo. Mas onde andava o pessoal da meteorologia e seus equipamentos de alarme de última geração.
VER
A expressão “para inglês ver” surgiu no tempo da escravidão. O Brasil explorava o trabalho escravo e criava leis e medidas para parecer que estava cumprindo a exigência inglesa de acabar com o tráfico. Eram ações “para inglês ver”. Uma curiosidade esportiva mostra que na Inglaterra também tem coisas para “inglês ver”. Até hoje no Torneio de Wimbledon, que está na sua 138a edição, todos os tenistas tem que usar roupas brancas. O costume, que virou tradição, remonta à era vitoriana. Como as manchas de suor eram consideradas impróprias e desagradáveis, o branco ajudava a disfarçá-las. Os tenistas podiam suar às bicas. O público, contudo, não via as manchas de suor. Era coisa “para inglês ver”.
FEMININO
Uma adolescente paulistana de apenas 15 anos e 4 meses de idade está fazendo história no Torneio de Wimbledon, na Inglaterra. Tornou-se a brasileira mais jovem a chegar às oitavas de final do torneio juvenil. Nauhany Silva, simplesmente chamada Nana, é uma grata surpresa. A potiguar Victória Barros também está brilhando. Avançou para as oitavas na chave de duplas femininas, ao lado da sérvia Teodora Kostovic. E outra brasileira, Luisa Stefani, avançou para a final de duplas mistas, ao lado do britânico Joe Salisbury, quebrando um jejum de 58 anos do nosso tênis feminino.
MUNDIAL
Na tarde desta quarta-feira o tira teima franco-espanhol. PSG e Real Madrid decidiram quem será o adversário do Chelsea, na final da Copa Mundial de Clubes. O Real Madrid começou pior do que o Flamengo contra o Bayern de Munique. Em 9 minutos já perdia de 2 a 0, gols da Fabián Ruiz e Membélé. Aos 23 minutos Fabián Ruiz marcou o terceiro. Se, por acaso, o Chelsea conquistar o título de campeão a torcida flamenguista poderá ficar feliz, pois o Flamengo terá sido o único a golear o campeão mundial.
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