DELEGADO

 



Ao assumir o cargo de prefeito, Egídio Ferrari declarou que vai botar o SAMAE em ordem. A autarquia tem grande lucro e deixa faltar água em Blumenau. Já nos primeiros dias com a caneta na mão tomou outra decisão importante. Mandou a área jurídica revisar o contrato com a Blumob. Acontece que foi aceito um contrato draconiano, com cláusulas mais do que discutíveis que nunca foram aventadas quando o transporte público era feito por empresas blumenauenses. Essas quebraram porque tinham que patrocinar campanhas políticas, construir abrigos e estações de embarque com ar condicionado, responsabilidade pela manutenção, limpeza e segurança dos terminais urbanos e suportar eventuais prejuízos. A que veio de fora e chegou com lata velha impôs condições, como a compensação pela queda do número de passageiros, coisa ocorrida na pandemia, aumento do custo do diesel e cobertura da diferença do preço da passagem que exige e que o poder público autoriza. A Blumob pediu 9,09, a AGIR recomendou 8,98 e a antiga administração aceitou 7,45 como tarifa técnica e 6,50 a tarifa embarcada, com o montante que resta para a tarifa técnica sendo complementado pelo município. Gostei da largada do delegado.


MERECE


Poucos conhecem Arlette Pinheiro Monteiro Torres porque ela se tornou famosa como Fernanda Montenegro. Casou com Fernando Torres e quando a filha nasceu deu-lhe o nome de Fernanda. A garota seguiiu a profissão da mãe e do pai: artista. Ainda muito jovem, em 1986, foi premiada em Cannes pelo seu papel no filme Eu Sei Que Vou Te Amar, de Arnaldo Jabor. Na nossa madrugada desta segunda=feira, conquistou o Gobo de Ouro pela sua interpretação de Eunice Paiva, na película Ainda Estou Aqui produzida por Walter Salles. Concorrendo com alguns dos maiores nomes de Holywood, foi escolhida pela Associação dos Jornalistas Estrangeiros como A Melhor Atriz Dramática. Recebeu o galardão em Los Angeles e o dedicou à mãe, que há 25 anos viu o filme Central do Brasil, também de Walter Salles, no qual, ao lado de um menino prodígio, desempenhou o papel principal, ser eleito o Melhor Filme Estrangeiro. Vamos ficar torcendo pelo Oscar, pois ela merece.


LUGAR


Que o brasileiro é um ser muito criativo já sabemos. O que não sabemos é aproveitar os nossos espírito inventivo. É necessário que haja mais estímulo, principalmente com a patrocínio de pesquisas. Por enquanto só as universidades é que tem feito algum esforço e estão sendo recompensadas. Em Joinville jovens criaram o tijolo com garrafas plásticas trituradas. Agora, em Criciúma, no Instituto Federal de Santa Catarina, professor e estudantes de química criaram um bioplástico com resíduos de bananeiras. Desenvolveram biopolímeros celulósicos renováveis. O projeto obteve a nota máxima. Vamos ver se aparece indústria interessada ou se as bananeiras derrubadas serão aproveitadas na China ou em outro lugar.


VISITANTE


Goiás não precisa mais provar que é a terra das duplas sertanejas. Basta ver a origem das que fazem o maior sucesso no Brasil. Apareceu um goiano disposto a elogiar a riqueza da população goianiense e a beleza das suas mulheres. Todavia não foi compondo uma canção. Foi escrevendo uma frase que mandou imprimir e colar na carroceria da sua caminhonete. Ele diz: “Visite Goiânia e veja o quanto você é pobre e o quanto sua mulher é feia”. Admiro todo bairrismo. Mas, no seu propósito ufanista, não precisava ofender o visitante.


DOCE


O bauru é um sanduíche de origem paulista, inventado pelo estudante de direito Casimiro Pinto Neto, em 1937, no restaurante Ponto Chic, no Largo do Paiçandu, em São Paulo. Foi batizado com o nome de bauru por causa do apelido de Casimiro, referência a sua cidade natal. Bauru, no interior de São Paulo, tem cerca de 380 mil habitantes e se destaca pela atividade agroindustrial. Acaba, entretanto, de ganhar as manchetes pela safadeza de presidente e secretária executiva da APAE. Segundo as informações policiais, os dois desviaram 7 milhões de reais da entidade, lá existente há 60 anos e que presta trabalho para excepcionais de todas as idades. Para piorar o quadro, Roberto Franceschetti Filho, está sendo acusado de ter matado a parceira, Cláudia Lobo, e dado sumiço ao corpo. Ela foi vista pela última vez entrando com um envelope no carro dele e moradores do bairro contam que ouviram um tiro. No banco de trás do veículo havia sangue que a perícia constatou ser de Cláudia e foi encontrado também um cartucho deflagrado. O tiro foi disparado da arma do Roberto. Será que foi desacordo na partilha do bolo de cenoura, como conversavam pelo celular e riam afirmando que seria muito doce?


AMPLA


O Centrão quer mais espaço e o Lula, de olho em 2026, está disposto a fazer qualquer negócio. Como o Congresso não aceita muito Alexandre Padlha na articulação política, ele é médico e já foi ministro da saúde da Dilma, pode voltar à pasta. Dança a ministra Nísia Trindade que não tem discurso, não é política, nem tem “lobby” a seu favor. Pelo bem do chefe, o PT vai ter que encolher no gabinete do Palácio do Planalto. O gaúcho Paulo Pimenta, da comunicação social, retorna para a Câmara Federal ou se pendura em outro galho. Assume Sidônio Palmeira, que trabalhou na campanha vitoriosa de 2022. Mas, principalmente o PSD, sonha com uma secretaria, seja a de Relações Institucionais ou a Geral da Presidência da República. É a busca pela frente ampla.

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