HÍFEN

 



Fizeram acurado levantamento populacional e descobriram que o maior bairro de Blumenau tem mais moradores do que 255 das 295 cidades catarinenses. O bairro da Itoupava Central conta com 38 ml habitantes. Que ninguém se lembre de propor a criação de mais um município. Na minha modesta e franca opinião, muitos dos 255 deveriam deixar de existir sendo aglutinados a maiores. Foi a solução que o Fuehrer encontrou na Alemanha. Reduziu drasticamente o número de prefeitos e vereadores em comunidades que mal conseguiam pagar os salários dos seus servidores municipais. Foi assim que surgiram Idar-Oberstein, Traben-Trarbach, Bernkastel- Kues, Baden-Baden e tantas outras com nomes unidos por hífen.


PLANETA


Para comemorar os 190 anos da criação da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, nossos parlamentares resolveram realizar sessões itinerantes. Uma possibilidade para as populações das principais cidades e do seu entorno presenciarem os trabalhos legislativos, fazerem reivindicações e chorarem pitangas sem a necessidade de ter que se deslocar até Florianópolis e amargar horas nas salas de espera. Já haviam privilegiado Blumenau, Joinville, Criciúma e Lages. A última, no Oeste, aconteceu em Chapecó. Foi no Complexo de Eventos Tabajara, o que me fez lembrar das Organizações Tabajara, do programa de humor Casseta & Planeta.


ATLÂNTICO


Três alunos do ensino médio de Joinville tiveram uma ideia inovadora e brilhante. Resolveram fabricar tijolos com garrafas plásticas, substituindo parte da areia, cimento e água. Conseguiram produzir um tijolo com quatro quilos de garrafas trituradas. Seu tijolo sutentável passou pelo teste de resistência e precisão. Com seus tijolos construíram a base para um banco no pátio da escola do SESI. Os professores acreditam que eles poderão ganhar dinheiro com seu invento, útil e solução para o problema das garrafas plásticas descartadas em rios e no mar que poluem o Oceano Atlântico.


BOI


Em Brasília, o presidente Lula e seus dedicados ministros, de todos os matizes, terminaram a rinha relativa ao indispensável corte de despesas federais. O sacrifício vai ficar para os trabalhadores, aposentados, salários de funcionários públicos acima do limite legal, altos rendimentos e militares. Nenhum político quer cortar na própria carne, nem prejudicar sua área de atuação e seu reduto eleitoral. Do judiciário e seus penduricalhos ninguém tem coragem de falar, pois o Alexandre de Moraes pode não gostar e mandar incluir o nome nas investigações da Polícia Federal. Eu estava com a impressão de que o Pacote das Medidas Econômicas seria trazido por Papai Noel, como presente de Natal. Mas, em entrevista coletiva, o ministro Fernando Haddad, na companhia de outros 5 chefes de pastas, anunciou as medidas que o Executivo quer adotar para equilibrar as contas e que terão que passar no Legislativo pelo crivo das Bancadas da Bíblia, da Bala e do Boi.


MORTAL


Com o recrudescimento das críticas e acusações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, o jornalismo investigativo não dá trégua. Assim é que teve um jornalista abelhudo que fez questão de revelar que a sua carreira política é muito maior do que a militar. Só como deputado federal foram 27 anos enquanto no Exército ficou 15 anos. Tentou duas vezes ser admitido na tropa de elite e foi rejeitado. Em 1987 escreveu um artigo publicado na revista Veja criticando os baixos salários dos militares e pegou 20 dias de cadeia. Uma ano depois foi absolvido pelo Superior Tribunal Militar. Passou a ser acusado pela Veja de pretender colocar bombas em unidades militares e no mesmo ano de 1988, com 33 anos de idade, passou para a reserva do exército no posto de Capitão. O resto da sua história está sob a lente dos curiosos e as revelações são para gaudio dos opositores e revolta dos apoiadores. Todo líder popular tem o mesmo tratamento. Nem Jesus Cristo escapou. O que dizer então de um vil mortal.


CONSTITUIÇÃO


A imprensa está querendo botar na espinha do ex-presidente Jair Bolsonaro. Até mesmo antigos companheiros de farda estão fazendo depoimentos para comprometê-lo. Todos esquecem de uma coisa importante. Havia um decreto que uma vez assinado ensejaria a largada para o Golpe de Estado. Quem é que teria que assinar o tal decreto? Justamente o Capitão. E ele não assinou. Então o grande herói da defesa da nossa democracia não é o General “Cagão”. É o Mito. Ele salvou a vida do Lula, Alckmin e Xandão e não motivou a saída das tropas, tanques e veículos blindados com armamento pesado para atenderem ao pedido dos patriotas que faziam vigília na frente dos quartéis e forçá-lo a continuar, ditatorialmente, no Palácio do Planalto. Agiu dentro das quatro linhas da Constituição.

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