FEDERATIVA
O governador catarinense, Jorginho Mello, disse que sempre lutou a favor de reforma fiscal. Mas, nesta em discussão, estão botando tantos jabutis na sua gestação, com governadores agregando benefícios para as empresas de seus estados que vai ficar uma colcha de retalhos. Em todo caso, na sua opinião com a qual concordo plenamente, pelo menos vai acabar com a guerra fiscal, com um procurando atrair investimentos planejados para outra unidade federativa.
ESPAÇOSO
O Itamaraty está pedindo o fechamento do Aeroporto Santo Dumont, no Rio de Janeiro. O ministério do exterior brasileiro afirma que o terminal aéreo está dentro da área restrita do Reunião de Cúpula do G20 e que a suspensão de voos é um pleito das embaixadas estrangeiras. Pensando bem, realmente se trata de uma questão relativa à segurança. A ponte aérea pode ser transferida para o Aeroporto Tom Jobim, que é mais longe porém mais espaçoso.
EXISTE
Em São Paulo, médico intensivista foi condenado a pagar indenização de 500 mil reais a um paciente por ter se negado a fazer cirurgia da sua coluna. JuÍza de Jandira condenou o médico porque fez um relatório de transferência, contendo os dados do prontuário. Um homem caiu numa piscina, bateu a cabeça e ficou tetraplégico. Foi hospitalizado e transferido para Jacareí, onde o médico o atendeu seis dias depois, quando foi para o plantão noturno. Os dois neurocirurgiões que consultou concluíram que era um caso para tratamento conservador e não cirúrgico. Advogados entraram com ação indenizatória de 2 milhões de reais, contra 3 hospitais e contra o médico clínico. Médica perita da justiça pronunciou-se contra os neurocirurgiões e até falou bem do condenado, que nada tem a ver com o caso. Creio que se ele fizesse a cirurgia no paciente e este não fosse curado ou morresse seria condenado a pagar ainda mais pela imperícia. Para a Justiça o erro médico é recorrente. Para ela, contudo, erro judicial parece que não existe.
GALARDÃO
Acabo de descobrir que já houve um brasileiro nascido em Petrópolis que ganhou o Prêmio Nobel de Medicina em 1960. O problema é que Peter Brian Medewar, que faleceu em 1987, era filho de pai libanês e mãe britânica. Com 14 anos foi estudar na Inglaterra. Como o alistamento militar era obrigatório, ele renunciou à cidadania brasileira para não servir ao exército. Biólogo, ganhou o Prêmio Nobel de Medicina pelo trabalho sobre tolerância imunológica, que contribuiu para o aprimoramento dos transplantes de tecidos e órgãos. Zoólogos famosos o enaltecem. O escritor Richard Dawkins disse sobre ele: “O mais espirituoso de todos os escritores científicos”. Stephen Gould declarou: “O homem mais inteligente que conheci”. E nós perdemos o galardão.
PREOCUPADOS
A China, que é a maior importadora de leite do mundo, estabeleceu em 2018 uma meta para 2025: produzir 10 milhões de toneladas métricas, objetivando chegar à autosuficiência. Antes do prazo obteve o resultado desejado. Sua produção de leite subiu de 70% para 85% do que consome. Foi abalado o mercado mundial. Ainda bem que no item do lácteos não somos grandes exportadores. Os que são devem estar mais do que preocupados.
POPULAR
Vem aí a segunda onda de consumo da quinoa. Acontece que a Unimed anunciou que o falso cereal nativo dos Andes é rico em proteínas, fibras, vitaminas, minerais e antioxidantes. Isto significa dizer que se trata de um superalimento capaz de prevenir coágulos no cérebro, contribuindo para a saúde cerebral e cardiovascular. Além disso reduz inflamações, regula a pressão arterial e previne problemas circulatórios. A Quinoa é cultivada há 5 mil anos, principalmente no Peru, Chile, Bolívia e Argentina. Nesses países é chamada de “Cereal dos Deuses”. Se o nosso consumo aumentar e for além da mistura na massa do pão e utilizada num dos 11 pratos típicos chilenos, os indígenas e andinos vão ter que pagar mais pelo seus alimento popular.
PADROEIROS
Um jornalista esportivo Vicente Leporace criou uma teoria sobre a queda de produção de dois clubes brasileiros: Corinthians e Vasco da Gama. O responsável seria o Papa Paulo VI, que em 15 de Maio de 1969 cassou quatro santos católicos: Santa Bárbara, São Cipriano, São Jorge e São Januário (popular San Genaro na Itália). A igreja analisou e descobriu que tais santos nunca existiram, apesar da grande devoção popular. Assim o Corinthians e o Vasco ficaram sem seus padroeiros.
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