LEÃO
O Ambulatório Geral Haroldo Bachmann, no bairro Velha, foi bem construído. É amplo, claro e bem ventilado. O pessoal do atendimento é dedicado e, se enerva alguém, é porque tem que seguir os protocolos burocráticos. Constatei, contudo, um problema. Possui 5 cadeiras de rodas para pacientes que as necessitem. Entretanto 3 delas estão quebradas. Como sei que, para consertá-las, é um longo processo, que exige licitação, e pode até, entrementes, acontecer que quebrem as duas outras peço a alguma empresário que conserte de graça ou se apresente voluntariamente para pagar o conserto. Em todo caso, como juntamos lacres de alumínio das latas de cerveja e refrigerantes para as campanhas do Lions Clube de doação de cadeiras de rodas. Embora tenha deixado o Lions Clube Dr. Blumenau, estou aqui fazendo um pedido para que inclua o Haroldo Bachmann para as doações. Afinal ele foi um excelente companheiro leão.
SENDO
O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro é um homem muito bom. Basta dizer que foi eleito para o cargo unanimemente. Os 70 deputados estaduais, da direita, esquerda e centro, sufragaram o seu nome. Ele foi preso por passar informação para o deputado TH Joias para que destruísse provas porque seria preso. O amigo chamou um caminhão e fez mudança. Só não conseguiu levar os inúmeros pacotes de picanhas, que estavam na geladeira e num “freezer”. Foi preso pela PF e coube aos seus pares decidirem se deveria continuar preso ou ser solto. Todo mundo, provavelmente, com o rabo preso tendo que votar, a favor ou contra a prisão do Rodrigo Bacellar. O resultado da votação no Plenário foi o esperado: Livre da prisão com 42 votos pró e 21 contra. O Rio de Janeiro continua lindo, o Rio de Janeiro continua sendo.
FURADA
Parece que o senador Flávio Bolsonaro pisou na bola. Primeiro disse que seu pai decidiu apoiá-lo para candidato à presidência da república. Como a reação não foi positiva, declarou, no fim de semana, que tem um preço para desistir e que iria se reunir com as lideranças. Marcou a reunião para a manhã da segunda-feira e os principais líderes de Centrão negaram comparecimento, alegando compromissos agendados. Então ofereceu um jantar ao qual compareceram Valdemar Costa Neto (PL), Ciro Nogueira (PP) e Antonio Rueda (União Brasil) Presumo que o “preço” para a desistência é a anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro e para o seu pai, que cumpre pena por liderar a trama golpista para se manter no poder. Nenhum quis se comprometer, afirmando que vão consultar os companheiros do Congresso Nacional e os governadores aliados. Pelo jeito, não querem magoar, mas estão com medo de embarcar numa canoa furada.
CADEIA
Ciro Nogueira (Partido Progressistas) de fato foi ao Paraná para tentar desfazer a candidatura de Sérgio Moro e selar aliança com Ratinho Júnior. A decisão foi tomada depois da debandada na Federação União-PP. 60 prefeitos e 2 deputados federais deixaram a Federação. A avaliação interna é que o esvaziamento está diretamente ligado à entrada do ex-juiz Sérgio Moro na disputa. Moro lidera as pesquisas, mas enfrenta a resistência do governador Ratinho Júnior, que não deseja dividir o protagonismo da sucessão com um antigo desafeto. Do jeito que a carruagem anda, a direita ainda vai roubar a fama da esquerda de só se unir na cadeia.
CIDADES
A intervenção de Ciro Nogueira tentando por fim a briga paranaense não foi bem sucedida. Por unanimidade o diretório do PP no Paraná decidiu vetar uma possível candidatura do senador Sérgio Moro (União) à sucessão do governador Ratinho Júnior (PSD). A decisão, na noite de segunda-feira, aprofunda o racha entre os dois partidos na recém criada Federação União-Progressista. Verdade que Moro enfrenta resistência entre os próprios correligionarios, que defendem a manutenção da aliança com Ratinho e apoiar seu escolhido para sucedê-lo. O governador trabalha para emplacar Guto Silva, seu secretário das Cidades.
IGUALDADE
Terminada a COP-30, o Pacote de Belém causou algumas frustrações pela ausência de citações a combustíveis fósseis. Mas, os documentos mostram avanços na agenda da justiça climática, com menções inéditas aos afrodescententes. As referências aparecem em quatro textos: Transição Justa, Plano de Ação de Gênero, Objetivo Global de Adaptação e o Mutirão (o conjunto de decisões mais relevantes da conferência. Realmente, é preciso destacar a aliança inédita entre povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais, que lançaram em 2024 a campanha “A Resposta Somos Nós” para reivindicar protagonismo nos espaços de decisão. A mobilização fortaleceu as demandas e defendeu que não há justiça climática sem justiça territorial, social e popular. Como disse Átila Roque, presidente da Fundação Ford: “A crise climática não é estritamente ecológica, mas também uma agenda da justiça social, cujas soluções precisam estar integradas a políticas de desenvolvimento e igualdade”.
ESTRANGEIRO
Para a comemoração dos 100 anos da Biblioteca Pública Mário de Andrade, em São Paulo, foi organizada uma exposição de obras de arte comemorativa. Dois ladrões aproveitaram a oportunidade para surrupiar 8 gravuras do artista francês Henri Matissé e cinco do brasileiro Candido Portinari. Como foram 13 obras, será que o número indica alguma coisa? Do mesmo local foram roubadas gravuras e páginas de livros raros, em 2006, que a Polícia Federal conseguiu recuperar em 2024, 18 anos depois, quando oferecidas em casa de leilões de Londres. Em todo caso, como câmeras de segurança captaram imagens, com reconhecimento facial, um dos suspeitos já foi preso e a Interpol foi acionada para que não vão parar nas mãos de receptador estrangeiro.
ESPETACULAR
Em Miami, refúgio de patriotas brasileiros, aconteceu a abertura da pré-temporada da promessa do tênis brasileiro, João Fonseca. Em partida de 3 “sets” enfrentou o prodígio espanhol Carlos Alcaraz. Perdeu o primeiro “set”, ganhou o segundo e derrota valorosa no terceiro. Vitória de Alcaraz por 10 a 8. Lances sensacionais e o Garoto do Rio mostrando que tem competência espetacular.
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