EXAGERO

 

Encontrei publicação do portal UAI noticiando que Blumenau foi eleita em 2025 a cidade mais bonita do Brasil. Comenta que Blumenau é conhecida pela sua beleza natural, arquitetura de estilo enxaimel, culinária e tradições germânicas. Eu também acho que Blumenau é umbigo do mundo. Mas o elogio que li ou é patrocinado pela prefeitura ou quem escreveu deve ter pego um mapa do tempo em que Pomerode fazia parte do nosso município. Não comentou quem nos elegeu e, deixando de lado a Oktoberfest, cometeu um exagero.

TESTA

Na Alemanha, por lei e bom senso as portas de vidro tem colocada uma faixa azul a 1,60 metro de altura. Com grupo da Deutsche Welle fomos a Maiorca fazer um programa de aeroporto. Com o inglês Brian Harrison, fui ver um show de flamenco na boate Titos. Quando saímos fomos tomar um café e dei com a cara na porta de vidro. Quebrei o óculos, sai com um galo na testa e devo ter provocado boas gargalhadas nos que estavam dentro do bar. Lembrei-me do episódio porque a casa que alugamos tem uma parede toda de vidro, com duas grandes portas, na parte dos fundos, dando para uma área coberta. Nosso sobrinho, recém espossado no BC, estava brincando com o cachorrinho, Shih Tzu, correndo despreocupado. Quando foi sair bateu com o rosto no vidro. Um estrondo, galo na testa e um susto geral.

ESTADO

Alagoano de nascimento, Aldo Rebelo é jornalista, foi deputado federal por São Paulo em seis mandatos, ex-ministro da defesa, da tecnologia, do esporte e ex-presidente da Câmara Federal. Em 1999 propôs uma lei para punir o uso excessivo de expressões estrangeiras e em 2003 apresentou projeto para substituir o Halloween pelo Dia Nacional do Saci, em 31 de Outubro. Depondo no STF na condição de testemunha de defesa, saiu das fileiras do Partido Comunista e hoje faz a defesa de bolsonaristas. Quando começou a discursar sobre o simbolismo do uso de expressões, o ministro Alexandre de Moraes o advertiu e ameaçou mandar prendê-lo por se desviar do processo que apura a tentativa de golpe de estado.

QUERELAS

Chanceler dos Estados Unidos disse que Alexandre de Moraes pode ser punido por violação de direitos humanos. Seu colega de tribunal, o ministro Gilmar Mendes saiu em sua defesa. Afirmou que o Brasil não pode admitir o cerceamento da “jurisdição doméstica” por “agentes estrangeiros”. Conforme publicou no X: “A autonomia normativa representa imperativo da autodeterminação democrática”. Acredito que assim como não podemos querer proibir que o presidente Trump ganhe um avião de luxo do Catar, nem no envio de imigrantes ilegais para a prisão de Guantanamo, eles também não tem o direito de se imiscuir nas nossas querelas.

TERRITÓRIO

A Ordem dos Advogados do Brasil também saiu em defesa do ministro Alexandre de Moraes, após o secretário de estado Marco Rubio afirmar que o governo do presidente Donald Trump está analisando impor sanções ao magistrado por violação aos direitos humanos. A OAB diz que só o Brasil tem legitimidade para responsabilizar os seus agentes públicos. Resta saber qual seria o tipo de sanção. Será que é a proibição de um tratamento capilar em seu território?

CRÍTICA

O sistema de laser Zeus, da Universidade de Michigan, quebrou um recorde embora tenha sido apenas quintilhões de segundo, superando qualquer outro experimento já feito nos EUA. O Zeus alcançou a potência de dois petawatts, o equivalente a dois quatrilhões de watts. Para se ter uma ideia, sua energia foi cem vezes maior que todo o consumo elétrico do planeta. Esta façanha abre caminho para novas descobertas científicas. Em Brasília, enquando eu escrevia este tópico ocorreu um corte de energia de alguns segundos. Caminho aberto para outra crítica.

ECONOMIA

Nós que íamos frequentemente à Argentina trocávamos dólares por pesos num câmbio muito favorável o que nos permitia boas compras baratas de vinhos e outros produtos. O presidente Millei tomou uma decisão para ver se consegue desentocar os dólares guardados debaixo do colchão. Liberou para a população o uso de dólares sem declarar origem. Espera que assim os “Hermanos” comprem eletrodomésticos, carros, casas e outros bens, injetando mais dinheiro na economia.