POPULAÇÃO
O jovem Paulo Henrique Peruzzo, repórter do Portal do Alexandre José, continua esmiuçando os fatos curiosos da história de Blumenau. Sua última publicação é a respeito do primeiro acidente com vítima fatal ocorrido na Colônia Alemã do Dr. Blumenau. Fez uma filmagem com atores e uso da inteligência artificial para mostrar que em 25 de Setembro de 1887 o pacato povoado ficou consternado o primeiro acidente de trânsito com a morte da viúva Johanna Dankwart (56), que era governanta na casa da Família Hering. Ela foi atropelada por um “moderno meio de transporte: uma carruagem, que está se tornando cada vez mais frequente nas nossas ruas”. O veículo de tração animal era conduzido pelo Conde von Kopp, que declarou não ter conseguido parar o animal. A pobre mulher não resistiu aos ferimentos e faleceu deixando um filho. Triste acontecimento que abalou a nossa população.
AÉREA
O Aeroporto de Florianópolis, depois que virou coisa suíça, só está nos dando orgulho. Bonito e funcional só fez valorizar a Ilha da Magia. Na temporada de verão, de Dezembro de 2024 a Fevereiro de 2025, registrou um aumento de 23% no número de passageiros em relação a igual período anterior. Pela primeira vez na história, o Floripa Airport ultrapassou em movimento o Aeroporto Salgado Filho, de Porto Alegre. Por ele passaram 1 milhão e 38 mil viajantes enquanto que no gaúcho foram 987 mil. Além disso consolidou a sua posição de 3o colocado no “ranking” dos passageiros internacionais, que ocupa desde Janeiro de 2024. Só fica atrás de Guarulhos (SP) e Galeão (RJ). Bem-vindos sejam os nossos visitantes e boa viagem aos brasileiros que ainda conseguem comprar passagem aérea.
ECONOMIA
Vamos em frente com a hipotética entrevista de Marco Antonio Arantes com Ingo Hering no livro “Conversa com Ingo Hering Hoje. Começa com o autor asseverando:
De qualquer modo, cada eleição, mesmo na democracia clássica, implica mudança; se mais nada, de grupos de poder e de interesses.
- Certo, mas nas democracias amadurecidas, com economias mais saturadas, as mudanças de governo de um para outro partido ou coalizão, não ocasionam abruptas alterações na política sócio-econômica. No máximo, haverá, por exemplo, maior enfoque, uma vez na área social, outra vez na área econômica, quando vencer uma corrente mais “progressista” ou mais “conservadora”. O conceito “liberdade” é uma abstração, e vemos que cada um interpreta da sua maneira. Para podermos julgar até que ponto ela é viável, precisamos “abrir janelas”. Então constataremos que a sua viabilidade é tanto maior quanto mais desenvolvido for o país, porque mesmo o seu abuso não criará problemas fatais. Ao passo que, nas nações em desenvolvimento, o seu abuso, praticado pelos inimigos da liberdade – marxistas, anarquistas e extremistas da direita – pode pôr em xeque qualquer estado de direito e convulsionar toda a economia (1976).
TRIPARTITE
Nesse contexto, onde está o ponto de equilíbrio, entre livre iniciativa e intervenção estatal?
- Esta questão também não pode ser separada do aspecto geral do desenvolvimento do nosso país. Não resta dúvida de que, basicamente, a livre empresa é superior em eficiência a qualquer outro sistema econômico, pois foi a mola propulsora que nos países de origem, conseguiu em síntese harmonizar a expansão populacional com o aumento do bem-estar das massas. No países em desenvolvimento, os seus resultados nem sempre são tão convincentes, principalmente por falta de muitos pré-requisitos para uma industrialização, básica para o completo exercício da livre empresa. Destacam-se: escassez de capital, idem de conhecimentos técnicos (know-how) e falta de tempo de maturação. Também a pouca lucratividade imediata é problema com que se defronta a iniciativa privada nacional nas indústrias de base, principalmente na siderurgia e nos complexos químicos. Visando, pois, a um rápido desenvolvimento, só se pode contar com a iniciaitva privada em casos especialíssimos, ficando o grosso dos investimentos deste tipo por conta do Estado e/ou de multinacionais e de sociedades mistas, de preferência tripartites (1977).
ESTADO
O liberalismo econômico clássico não funcionaria, então, num país em rápido desenvolvimento?
- Não. O que precisamos é de um pragmatismo sadio, que dê preferência à livre iniciativa até o limite em que o desenvolvimento não seja afetado. Haverá, sem dúvida, sempre discussões sobre este “ponto de equilíbrio”, sem que isso precise resultar em posições irreconciliáveis, desde que o governo seja, em princípio, adepto da iniciativa privada. Nós mesmos, individual ou coletivamente, podemos contribuir para o estímulo à economia aberta, se não exigirmos só direitos, mas lembrarmo-nos, também, dos deveres e da nossa capacidade de resolver muitos problemas antes de reclamar a sua solução pelo Estado (1977).
PARLAMENTAR
Nessa ótica, o que seria um “modelo brasileiro”, se é que há isso?
- Ao meu entender, ele baseia-se, essencialmente, no reconhecimento de um país em desenvolvimento, com natural escassez de capital, conhecimentos técnicos e mentalidade empresarial, precisa adotar uma política de sadio pragmatismo. Não abandonando, basicamente, o princípio da livre iniciativa, admite-se a participação da empresa estatal e do capital de risco e de conhecimentos técnicos estrangeiros, dentro de normas que garantam um máximo de desenvolvimento econômico. Isto leva à segunda característica do modelo: uma maior autoridade do Executivo no campo econômico-social do que seria normal dentro do figurino liberal, não digamos “clássico”, mas, pelo menos, do vigente nos países plenamente desenvolvidos, justamente para poder dar mais flexibilidade à política econômica. Isto é vital nas épocas de uma quase guerra econômica, que requer rápidas decisões, as quais não podem depender da natural morosidade parlamentar (1977).
TARIFAÇO
Com a sua habitual e peculiar modéstia, o presidente Donald Trump declarou que os EUA estavam sendo roubados por todos os países amigos e inimigos. Mas isto está acabando a partir da meia-noite. Colocou um painel com o nome das nações e as taxas que lhes serão cobradas e foi comentando a respeito de cada uma. Disse que não culpa os outros países. Culpa os outros presidentes que não fizeram o seu trabalho, como deveriam. A primeira paulada foi na indústria automobilística estrangeira. Os automóveis importados terão a cobrança de 25%, para que as fábricas e os trabalhadores norte-americanos voltem a funcionar e a trabalhar. O Brasil será brindado com a taxa de 10% sobre todos os produtos dele importados. Em suma, o Big Brother anunciou que os Estados Unidos vão voltar a viver uma Era de Ouro. Foi lançado o seu Tarifaço.
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