PELUQUERIA
O Muncípio Blumenau teve a excelente ideia de produzir uma série de vídeos sobre os casarões históricos de Blumenau. Eles podem ser vistos no You Tube. Tive a oportunidade de ver o Casarão Willy Sievert, apresentado por seu neto. Tive a oportunidade de ir, com minha mulher, ao belo casarão, que abrigou a sua família, para assistir a filmes que ele produziu em 16 milímetros. Era o seu “hobby” sair com a filmadora e registrar tudo o que de importante acontecia em nossa cidade. Fiz o que pude e não consegui levá-lo para contar a respeito de sua vida e trabalho no Mesa de Bar. Como era o comerciante mais antigo de Santa Catarina, foi lamentável ele não ter aceito o convite. Seu Casarão está sendo conservado, como era, abrigando agora uma “Peluqueria”.
LOUVADO
Os aposentados de Pomerode podem cantar o “Alte Kameraden” (Velhos Camaradas) mesmo os que não fizaeram o “L”. Acontece que o Lula decretou a antecipação do pagamento do 13o para os beneficiários do INSS.. 73,3 bilhões de reais serão injetados na economia e os Vovôs da cidade mais alemã e os de todos o Brasil poderão dar um ovo de chocolate para os netinhos, na Páscoa. A primeira parcela do 13o será paga de 24 de Abril a 8 de Maio e a segunda de 26 de Maio a 6 de Junho. “Gott sei Danke” com está escrito em português nas cédulas de 100 reais: “Deus seja louvado”.
PIONEIRA
Em Santa Catarina temos caminhões parados no pátio por falta de motoristas. Numa parceria com o Sest Senat e o Detran, o governo estadual vai ofertar 30 mil carteiras de habilitação de graça. O programa “CNH Emprego na Pista” abrange as categorias A (moto), B (carro), D (caminhão e ônibus) e E (carreta). A Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de Santa Catarina (Fetrancesc) anunciou que vai propiciar as entrevistas para obtenção de empregos. CNH de graça é iniciativa pioneira.
FORTEMENTE
Quinto capítulo da “Conversa com Ingo Hering Hoje” que começa com um questionamento de Marco Antonio Arantes.
Um fato marcante do Século XX foi a crise do petróleo, de 1973, quando os preços dessa “commodity” quadruplicaram da noite para o dia. Os países produtores não estariam, palavras suas, “aspirando ao bem, dentro de um caminho realista?
- É um verdadeiro engodo apresentar o assalto que se fez em 1973, ao quadruplicar os preços do petróleo, como “revanche” do Terceiro Mundo aos países ricos. Pode-se, talvez, aceitar que a ideia inicial teria sido esta. Mas, hoje, ninguém pode negar que os principais prejudicados foram os países irmãos do Terceiro Mundo, carentes de petróleo, porque tiveram que pagar essa elevação duas vezes: uma, no próprio petróleo encarecido e, outra, nos artigos de importação, cujos preços também aumentaram fortemente (1977).
CONSERVADORAS
Até que ponto essa permanente opção por “caminhos realistas” desautoriza a especulação intelectual, filosófica – acadêmica, digamos?
- Generalizando um pouco, pode-se dizer que as últimas décadas nos levaram ao auge do intelectualismo especulativo, e cada “escola” se proclamava o caminho único para a perfeição humana. O fascismo e o nazismo tinham levado a ideia do Povo-Estado a um verdadeiro paroxismo, enquanto o marxismo chegou, na prática, a um estado talvez ainda mais totalitário. O neomarxismo salvou-se dialeticamente, dando às ideias marxistas, mais ou menos concretas, um sentido absoluto, fugindo, assim, a qualquer possibilidade de uma discussão de fato. Com ideias absolutas prova-se tudo e nada. O fato é que o homem foi sendo considerado cada vez mais uma ser apenas psicológico, produto da própria civilização e, como tal, amoldável conforme cada ideologia. Tradição e valores intrínsecos foram considerados retrógrados e fascistas (um filósofo esquerdista francês chegou, por exemplo, a classificar a linguagem escrita como “fascista”). A este desenvolvimento intelectual desenfreado, que ameaça terminar num anarquismo conceitual completo, impõe-se, hoje, a genética, que implica consequências filosóficas conservadoras. O homem não é uma folha em branco, que pode ser preenchida ao bel-prazer pelas ideologias, visto que parte do seu caráter e das suas aptidões físicas e psicológicas já vem programadas nos seus genes. Não devemos, claro, cair no outro extremo de interpretar esse fato científico no sentido absoluto. Acreditamos no velho entendimento de que o homem é um ser complexo, composto de uma parte “natural” e mesmo “animal”, sob a influência da sua programação genética, e uma parte “espiritual” ou cultural, resultado da própria civilização que ele criou. Parece-nos que o desenfreado intelectualismo abstrato está sendo superado e que podemos esperar um maior equilíbrio entre forças espirituais progressistas e conservadoras (1978).
POSTERIOR
Com preferência para as conservadoras, não? O senhor ainda nutre grande admiração por Castello Branco, dos principais articuladores do movimento de 64?
- Quando Castello cortou o nó górdio do multipartidarismo que estava emperrando as reformas planejadas, ter-lhe-ia sido fácil estabelecer um regime unipartidário, do tipo mexicano. Mas, dentro de uma concepção de excepcionalidade de regime, que só deveria permanecer o tempo necessário para levar a bom termo as reformas planejadas, optou pelo bipartidarismo. Ele também não cedeu à tentação de incentivar uma “ideologia revolucionária”, e por isso não criou um Ministério da Propaganda, do tipo dos regimes totalitários, nem um DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) do tipo getulista. Sua esperança era que após mais um período presidencial, que completaria as reformas iniciadas, se poderia gradativamente voltar a uma democracia plena, depurada das fraquezas de um liberalismo demasiadamente teórico. Quando, finalmente começou a colher os frutos da política econômica – o que teria facilitado uma nova abertura – sobreveio, em 1973, a crise do petróleo, que requeria medidas de austeridade que só um governo forte poderia executar sem demasiados tropeços. Deve-nos servir como advertência que o liberalismo exagerado da Constituição de 1946 – cujo exagero foi psicologicamente compreensível como reação ao totalitarismo do Estado Novo – prejudicou nosso desenvolvimento político e sócio-econômico posterior (1978).
SEGURADORAS-SOCIAIS
Com isso tudo, de Castello Branco à entronização do neoliberalismo, as estatísticas continuam a mostrar-nos como um país fortemente concentrador de renda e socialmente injusto.
- Cuidado com as estatísticas. Elas precisam ser interpretadas conforme o sistema econômico em que foram feitas. Lêem-se e ouvem-se muito expressões como “classe privilegiada”, “injustiças sociais”, “exploração dos operários”, etc., sem que se dê conta de como poderia funcionar, num país em rápido desenvolvimento, um mecanismo que garantisse, de imediato, sem ditadura estatal, as melhorias sociais a que todos aspiramos. Un caso instrutivo é o chamado “Milagre Alemão”. Depois da II Guerra Mundial, a economia alemã se achava completamente despedaçada. Ao desejo de reerguê-la aliou-se, então, um receio quase pânico de uma nova inflação, o que levou os sindicatos a concordar com um certo congelamento dos salários. O propósito era permitir, em larga escala, a recapitalização da indústria “via lucro”. O resultado, sabemos: os salários alemães estão, hoje, dentre os mais altos do mundo. Nos países do sistema livre, capitalista, quase não existem mais “capitalistas”, no sentido usado por Marx para “dono-empresário”. As ações das grandes firmas acham-se completamente pulverizadas em poder do público e das instituições seguradoras-sociais (1978).
INCRÍVEIS
Times argentinos já ganharam 25 vezes a Libertadores da América e brasileiros 24. O River Plate foi campeão 4 vezes e Flamengo, Palmeiras e São Paulo 3,tal qual Grêmio e Santos. Se em 2025 um clube brasileiro levantar o caneco chegaremos a empate nos campeões. Se for o carioca ou um dos dois paulistas o empate será no número dos que tem o nome inscrito na base da taça. Estamos sendo representados por 6 equipes: Botafogo, Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Internacional, Fortaleza e Bahia. O Botafogo estreou com derrota no Chile, o Fortaleza apanhou em casa do Huracan da Argentina, Internacional e Bahia, que se defrontaram em Salvador, empataram de 1 a 1. O São Paulo venceu de 1 a 0 o Talleres, em Córdoba, o Palmeiras suou para ganhar de 3 a 2 do Sporting Cristal, em Lima, no Peru, e o Flamengo bateu por 1 a 0 o Deportivo Tachira, na Venezuela, cujo time inteiro não deve ganhar por mês o que recebe um craque flamenguista. No campo são sempre 11 contra 11 e algumas vezes 11 contra 12, quando o árbitro comete erros incríveis.
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