LUGAR

 


Teve razão o comentarista Renato Igor, da NSC, quando disse que a briga política entre o governador Jorginho Mello e o ministro Renan Filho não vai resolver o problema do motorista. Acontece que o bate boca, por rede social, dos dois politicos, é mesmo jogo para a torcida. Enquanto um fica criticando o outro e jogando confete na própria cabeça, as nossas rodovias continuam em petição de miséria e com filas quilométricas que bloqueiam o trânsito e deixam os condutores de veículos parados por até 15 horas, sem conseguir sair do lugar.


JUDICIAL


A rede de lojas Schumann foi fundada em Seara em 1997 e chegou a 80 lojas em 2020, espalhadas pelo território catarinense. O Ministério Público denunciou o empresário André Leonardo Schumann por ter deixado de recolher o ICMS declarado entre 2020 e 2024. A justiça catarinense quer que recolha o montante atualizado de R$ 96.003.611,09. Em nota oficial a Schumann declarou que os débitos se referem ao período de extrema dificuldade econômica, marcado pela pandemia da Covid-19 e pela concorrência com o comércio eletrônico. A empresa afirma que priorizou manter as lojas em funcionamento e preservar os empregos. A rede também informou que foi aprovado, em Assembleia de Credores, o seu plano de recuperação judicial, com a confiança no processo de reestruturação e na capacidade de honrar seus compromissos. O caso segue em tramitação judicial.


INDÍGENAS


O arqueólogo Eduardo Neves, diretor do Museu de Arqueologia e Etnografia da Universidade de São Paulo, liderou uma equipe de pesquisadores que fez uma descoberta surpreendente na Amazônia. Eles encontraram, no meio da floresta tropical, as ruínas de uma cidade portuguesa do Século XVIII. Localizada em Rondônia, a cidade foi abandonada e engolida pelo matagal. Os pesquisadores encontraram vestígios de formações geométricas no chão, inclusive do que um dia foram estradas e construções de alvenaria difíceis de se encontrar na Amazônia. Descobriram um sítio arqueológico com cerâmicas e padrões reticulados. A descoberta pode reescrever a história da colonização na região Norte e mostrar que jesuítas podem ter andado por lá com a missão de evangelizar e “civilizar” os povos indígenas.


SOCIALISMO


Vou em frente na “Conversa com Ingo Hering Hoje”. Marco Antonio Arantes volta-se para os bancos.


O Brasil padece, cronicamente, de especulação no terreno da intermediação financeira, com bancos arrancando a quem trabalha lucros indiscutivelmente abusivos.


- E como seria mais fácil vencer essa crise com maior capital de risco! Pois uma empresa, bem dotada de capital, pode, durante uma crise, até deixar de pagar dividendos, sem prejuízo da sua estabilidade e, praticamente, sem diminuir pessoal. Já uma outra, altamente dependente de empréstimos, o que hoje é a regra, tem de pagar juros crescentes, que reduzem ou anulam mesmo a sua já em si corroída margem de lucro, o que pode levá-la à falência e, os operários, ao desemprego. Achamos que a lição que se deve tirar de tudo isso é clara: a ojeriza ao lucro e a tendência para um distributivismo precoce, hoje tão em voga, ao contrário do resultado esperado contribuem realmente para aumentar o desemprego. Castiga-se, pois, por ironia, aqueles a quem se quis ajudar. Em uma frase: temos aí a falência do socialismo (1983).


COLEGAS


Uma proposta social igualitária seria, então, em si mesma falaciosa?


- Acreditamos que dos três ideais da Revolução Francesa – Liberdade, Igualdade, Fraternidade – nenhum está atualmente sendo tão mal compreendido quanto a igualdade, pois o que se postulou, então, foi, sem dúvida, igualdade perante a lei. Só no idealismo utópico de Marx devemos a reivindicação do direito da igualdade das remunerações e dos bens. Sabe-se que na prática soviética, quando se tentou realizar tal ideal, o resultado foi um desastre econômico com milhões de mortos pela fome. E não podia ser diferente, pois qualquer pessoa que não for hipócrita, ou anjo, há de convir que, quando o salário é uniforme para todos, ninguém fará um esforço além do de seus colegas (1984).


ESCRAVOS


E o capitalismo industrial, onde ele se encaixa nos postulados da Revolução Francesa?


- Se hoje, indubitavelmente, a igualdade entre os homens já se tornou muito maior, no sentido material e social, devemo-lo não tanto à Revolução Francesa quanto às ideias em que ela se baseou, e que vieram da Inglaterra – onde o liberalismo filosófico favoreceu a livre-iniciativa e, como esta, o capital industrial. Um rápido retrospecto histórico confirma que a desigualdade econômica, sem falar da desigualdade perante a lei, era antigamente bem maior que hoje. No feudalismo, a desigualdade era mesmo institucional. Mas mesmo nos tempos da democracia ateniense, que ainda é para nós exemplar, só foram beneficiadas camadas relativamente tênues, mas também com grandes diferenças de rendas e de bens entre si. O trabalho braçal, porém, foi executado por escravos (1984).


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