CRUZ

 


Desejo Feliz Páscoa a todos os leitores do meu Blog. Que a comemoração da Ressurreição de Cristo seja um momento para reflexão e para aprendizagem do exemplo que ele deu a toda humanidade. Pregou o perdão até na hora em que foi pregado na cruz.


FRONTEIRAS


A Família Heusi tem história em Santa Catarina. Em 1933 Getúlio Vargas nomeou Nestor Seara Heusi o primeiro despachante aduaneiro de Itajaí. Bisneto dele, Nelson Heusi é o comandante do GNH, conglomerado logístico que faturou 426 milhões de reais em 2024 e que está de olho no Mercosul. Firmou parceria com a Titan Cargo, transportadora especializada em cargas sensíveis e rotas internacionais por terra, sediada em Canoas, no Rio Grande do Sul. Com o transporte rodoviário no Mercosul espera multiplicar por sete o faturamento da empresa só com sua carteira de 900 clientes. A intenção é incorporar a Titan nos próximos 18 meses e formar o maior conglomerado logístico da América do Sul. Está prevendo aumento de 40% no faturamento em 2025 e vai abrir operação própria na Argentina, EUA e Alemanha. Em 2002, quando Nelson Heusi entrou na empresa da família, eram só 12 funcionários em Itajaí. Hoje tem mais de 1.300 espalhados por todos os estados, com presença em nossos principais portos, aeroportos e fronteiras.


FERIADÃO


Bastaram 20 minutos de um temporal com queda de granizo, em São Joaquim, para provocar grandes estragos. Redes de proteção não resistiram e muitas maçãs foram atingidas. Prejuízo para a cidade que é a maior produtora de maçãs do Brasil. Em Chapecó foi o vento forte, com 90 quilômetros de velocidade, e uma micro explosão que causaram o destelhamento de 79 casas, arrancaram árvores pela raiz e derrubaram um aviário, de 1.200 metros quadrados, matando 13 mil aves. Cidadão declarou que mora lá há 65 anos e que nunca viu coisa igual. E há os que negam o problema das mudanças climáticas. Alegria só em Balneário Camboriú com o outono oferecendo temperatura de verão no feriadão.


NARRATIVAS


A vida dos líderes políticos não é fácil. Os adversários ficam investigando tudo o que fizeram, desde a sua infância, para tentar descobrir algo que possa condená-los. Com o surgimento das redes sociais isso se tornou mais evidente ainda. O ex-presidente Jair Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia de 12 horas e apareceram os bisbilhoteiros afirmando que é papo furado. Ele só se hospitalizou para não ser notificado e ter que enfrentar a justiça. Chegaram a utilizar a inteligência artificial, do Elon Musk, que analisou as imagens da UTI em que ele aparece com uma sonda nasogástrica e concluiu que é desfaçatez. O tubo não está inserido no nariz, apenas colado por fora. Aí um já comenta que com a sonda até o estômago não poderia estar comendo de colher e outro viu que ele colocou aparelho cardíaco na clavícula. Será que a mudança de cirurgião e de hospital, de São Paulo para Brasília, suscitou suspeitas e narrativas?


MERCADO


Os bilionários norte-americanos estavam vendo suas fortunas despencarem nos últimos dias, depois do Tarifaço do Trump. Mas bastou que ele publicasse uma mensagem em rede social e o mercado foi reativado em velocidade supersônica. Os 10 mais ricos do mundo puderam mais do que respirar aliviados. Devem ter festejado com champanhe francês legítimo. Eles viram seus patrimônios crescerem 107 bilhões de dólares. O impacto foi imediato. Microsoft, Apple, Amazon, Tesla e Meta recuperaram juntas nada menos do que 1,5 trilhão de dólares em seu valor de mercado.


MARX


Mais uma abordagem na “Conversa com Ingo Hering Hoje”, que é uma montagem do Marco Antonio Arantes fazendo perguntas para as respostas que encontrou no que o empresário havia escrito.


O senhor fala em “abolição do feudalismo”, como conhece História, sabe que a existência do feudalismo, no Brasil, é, no mínimo, discutível. De qualquer modo, temos o capitalismo, presente desde o Brasil-Colônia. Mas, apenas para efeitos de argumentação, e aceitando sua proposta de que houve um feudalismo, pergunto se o capitalismo aboliu-o de fato ou, apenas, promoveu-lhe um necessário “aggiornamento”?


- O capitalismo que se seguiu, sim, ao feudalismo, conservou inicialmente muito do ranço feudal, o que justifica parte das críticas de Marx, a seu tempo concretizada na teoria da mais-valia: o empresário pagaria apenas o essencial para a sobrevivência dos operários, retendo para si, como seu lucro, a diferença entre salário e valor real do trabalho. Trata-se de uma verdade relativa, porque com uma industrialização rápida e intensa, proporção muito grande dessa margem tinha que ser reinvestida. Mas, apesar de os salários reais terem subido bastante na segunda metade do século XIX, e início do XX, eles foram considerados demasiadamente sob o ângulo das “despesas”. Só com o “fordismo” firmou-se definitivamente a ideia pura do capitalismo: que a (alta) produção exige como contrapartida do consumo. E, como a massa operária representa a grande força de consumo, seria uma política ao mesmo tempo social e sensata distribuir salários que garantissem um padrão de vida crescente. Isso levou “ad absurdum” a tese da “mais-valia”, viga-mestra da teoria social de Marx (1986).


Seja, cerca de cento e cinquenta anos depois, Henry Ford validaria e avalizaria, Adam Smith. Qual a mágica de Ford?


- Foi um distributivismo prático que nenhum governo poderia ter conseguido “por decreto”. E como a economia é um sistema de vasos comunicantes, este modelo se espalhou gradativamente no mundo livre. O marxismo, tendo perdido o seu melhor argumento, dos “salários de fome”, atacou, então, o “consumismo” e o desemprego, que a racionalização-base dos aumentos dos salários reais – ocasiona às vezes (1986).


Quando, o senhor acha, o “distributivismo prático” de Ford, de inícios do século passado, poderá chegar até nós?


- Dois cavalos de batalha são, ainda, a grande diferença entre os nossos salários com os dos países desenvolvidos e a grande diferenciação salarial dos salários pagos no País. A primeira explicação pelo fato de que nossa industrialização é comparativamente recente e, especialmente, pela falta de capital nacional, que retarda a industrialização em si, ainda exigindo que uma parcela muito maior do PIB, em relação aos países desenvolvidos, tenha que ser transformada inicialmente em investimentos, inclusive de infraestrutura geral e urbana. A segunda deriva da falta, em todos os níveis, de técnicos em sentido amplo e de operários especializados, que, portanto, precisam ser altamente remunerados em comparação com os operários – sem falar dos subempregados e desempregados que existem em excesso, devido ainda à nossa demasiada explosão demográfica. E, parece absurdo: quanto mais rápido é um desenvolvimento, tanto maior será inicialmente esta defasagem, que só diminuirá com a maior saturação da economia (1986).


PASSEIO


O Flamengo parou nas defesas milagrosas do goleiro vascaíno Leo Jardim e o Vasco acertou duas vezes na trave flamenguista. O jogo terminou empatado de 0 a 0. O Flamengo, entretanto, amassou o Boca Juniors na final do basquetebol. Ganhou de 83 a 56 e sagrou-se tricampeão continental e classificou-se para o mundial de clubes. O Brasil, por outro lado, tornou-se o país do tênis de mesa. Hugo Calderano vai voltar de Macau, do mundial da modalidade, com a medalha de ouro no peito. Derrotou por 4 a 1, de virada, o chinês Lin Shidong, que é o número um do “ranking” e em menos de uma hora de jogo. As parciais: 6/11, 11/7, 11/9. 11/4 e 11/5. Foi uma verdadeiro passeio.



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