COMPROMISSO
Ouvi a entrevista do novo secretário da saúde de Blumenau, Douglas Daniel, e gostei das suas explanações. Primeiro ao contar para Denise Bischling que está visitando todos os postos de saúde para tomar conhecimento das necessidades e dificuldades existentes. Pretende organizar um planejamento estratégico de pelo menos três anos. Uma mulher do bairro Glória ligou para convidá-lo a ir ao Padre João Maria, que é pequeno, está chovendo dentro e a capina ao redor foi feita pela própria comunidade. Tem uma reunião marcada para as duas horas da tarde do dia 5 de Março, no CSU, para debater a respeito e fez o convite para que compareça. Disse que vai ver na sua agenda, se já não tem compromisso.
EPIDEMIA
Costumamos elogiar a limpeza de Blumenau. Entretanto, pelo que disse o nosso secretário da saúde, a verdade não é total. Foi com equipe ao bairro Tribess e viu o acúmulo de entulho. Providenciou a retirada e constatou que foram 41 toneladas de lixo. Um verdadeiro criadouro para mosquitos, baratas e ratos. Aí fica mesmo difícil fazer frente à dengue. Tem razão a publicidade do governo estadual que afirma que a dengue mata e que a culpa não é do mosquito e sim nossa. Precisamos evitar que fique água parada até numa tampinha de garrafa, pois é ali que a fêmea do mosquito bota seu ovo, que resiste por bom tempo e vai gerar novos vetores da epidemia.
ACERTADA
Ao comentar a volta para Blumenau da Central de Emergência, escrevi que devido à enorme população da região de prefixo 47 deveria haver a criação de um novo prefixo para Joinville também sediar uma central para atendimento das chamadas para os Bombeiros, Samu e Polícia. Os joinvillenses se mexeram e seu prefeito, Adriano Silva, anunciou que a Cidade dos Príncipes também terá uma central de emergência. Não será criado um novo prefixo, como sugeri. Serão duas centrais no 47: uma aqui e outra em Joinville. Sinal de que a tecnologia permite e foi uma decisão acertada.
GALHO
Houve uma época em que o Bombril era peça obrigatória em toda cozinha brasileira, da mais humilde até a mais suntuosa. Os homens também faziam uso do Bombril para melhorar a imagem do televisor. Colocavam Bombril embrulhado na ponta da antena. Depois aconteceu uma campanha publicitária muito bem bolada por Washington Olivetto. Carlos Moreno tornou-se famoso ao aparecer com jeito simplório pedindo às donas de casa que comprassem e usassem o Bombril para ele não perder o emprego. Foi parar no Livro Guiness, mas, anos depois, foi deixado de lado pela empresa. Agora, na noite de segunda-feira, a Bombril pediu recuperação judicial. A fabricante possui 2,3 bilhões de reais de dívida tributária. Autuações da Receita Federal pela falta de recolhimento de tributos. Quem sabe busca o Garoto Bombril para quebrar o galho.
DIFERENTE
No dia 4 de Março de 2025 estará completando um ano da alocução do professor Felipe Nunes, do Departamento de Ciência Política, para os novos alunos da Universidade Federal de Minas Gerais. O auditório lotado para ouvir o tema: “Como a polarização pode comprometer o futuro do Brasil?” O professor iniciou sua fala destacando que a eleição presidencial de 2022 foi a mais apertada da história e que, pela primeira vez, o presidente, mesmo fazendo uso da máquina do Estado, não conseguiu se reeleger. O estudo baseado em grande pesquisa consta do seu livro em parceria com o jornalista Thomas Traumann. A eleição foi marcada por muito engajamento político e medo de se expressar opinião. As pessoas temiam anunciar seu voto publicamente. Na sua opinião a sociedade brasileira se tornou polarizada e socialmente calcificada após o pleito de 2022. O índice da polarização afetiva está associado à tolerância com o diferente e a calcificação pelo fato de a sociedade ter se tornado mais rígida quando à identidade. As pessoas estão mais intolerantes quanto a ouvir quem pensa diferente.
MINEIRO
Conforme afirmou Felipe Nunes, para os estudantes: “Achamos que apenas nós estamos certos. Não debatemos mais o Estado, debatemos os valores, e essa é uma mudança crucial. Os dois lados pensam parecido em questões como a privatização e o excesso de privilégios do Poder Judiciário. Mas nas questões de valores a diferença é enorme. Divergem quanto ao aborto, cotas raciais e direitos das mulheres. Não estão dispostos ao diálogo”. Afirmou que essa polarização é um fenômeno inédito que transformou o brasileiro numa pessoa “que só escuta o que quer, só lê o que gosta e não tolera viver com o diferente. Daí a importância de falar com os jovens ingressando na universidade. Só uma nova geração de brasileiros não calcificados e dispostos a debater e produzir conhecimento será capaz de abrir o diálogo. Vai ser doloroso, mas a melhor maneira de superar a calcificação é por meio da pluralidade de ideias e do convívio saudável e do debate.” Estou com o professor mineiro.
POLÍTICA
O ideólogo do “trumpismo”, Steve Bannon, ensinou que a maior oposição é a da Mídia e que esta é tola. Basta lançar diariamente uma série de medidas polêmicas para deixá-la criticando enquanto a boiada passa. O principal aluno aprendeu bem a lição. Um dia fala que o Canadá vai ser o 51o estado norte-americano, noutro que vai anexar a Groenlândia, manda as mulheres trans para presídio masculino, fala em mandar os palestinos para outros países, permite o retorno do uso do canudinho de plástico e por aí a fora. Mas a taxação de 25% sobre o aço e alumínio que os EUA importam é algo sério. É ferro no Canadá e no Brasil, seus principais fornecedores. Com suas atitudes imperialistas, assim como na década de 60 jogaram Cuba nos braços da Rússia, podem nos colocar no colo da China. Afinal somos o segundo maior exportador de aço para eles, mas não temos o “Superman”, o homem de aço, para nos defender do “Big Brother” de uma pressão econômica e intimidação política.
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