CIDADÃO
Quando vivia na Alemanha constatei que lá a burocracia é maior do que aqui. A diferença é que sendo bem planejada não emperra a vida do cidadão. A nossa chega a causar verdadeira romaria para a obtenção de um serviço público. Um conhecido meu foi ao seu posto de saúde, o Valério Steil, próximo da sua residência. Recebeu a informação de que foi transferido para o Jovino Cardoso, bem mais distante. Dirigiu-se para lá em busca de vacina contra febre amarela. Recebeu a recomendação para que retornasse à antiga, pois no seu novo posto de saúde não havia a vacinação. Regressou ao antigo e ouviu que, como tem mais de 60 anos precisava da indicação médica, que teria que receber no novo endereço. Ainda bem que tem automóvel, pois para chegar e voltar do Jovino Cardoso é preciso escalar verdadeira montanha. Com o calor reinante, imagine só se o idoso tivesse que ir e vir a pé e debaixo do sol escaldante. Está faltando bom senso no trato com o cidadão.
SALVA
Por falar em vacinação, recentemente comentei a respeito da “estupidez coletiva” citada por um sábio alemão. Ela é contagiosa e epidêmica. Em Santa Catarina, no ano passado tivemos centenas de milhares de casos de dengue e 340 mortes por causa da infecção. Já fomos um destaque quando atingíamos quase 100% do público-alvo vacinado. Aí espalhou-se pela redes sociais a notícia de que a vacina mata e o efeito foi devastador. Agora por falta de antígenos a campanha ficou limitada às crianças e adolescentes, dos 10 aos 14 anos. Passado um ano e nem 20% foram vacinados. O que fazer democraticamente para convencer a população que a vacina salva?
ATUALMENTE
Mesmo sendo territorialmente uma pequena unidade da federação, Santa Catarina ocupa o segundo lugar na produção de arroz e quanto à produtividade por hectare lidera no nosso país. Como o clima ajudou e houve ampliação da área de plantio, a safra deste ano vai ser recordista e deve alcançar um bilhão de toneladas. Os plantadores, contudo, já estão chorando que o preço da saca de 60 quilos caiu 20% de 130 reais em 2024 para 85 reais atualmente.
POVO
Tive a oportunidade de ver reportagem sobre uma ação social da Igreja Batista em Fortaleza, no Ceará. Ela tem uma carreta equipada com consultórios e aparelhos para agir como posto de saúde. É deslocada por cidades brasileiras e os pastores buscam a colaboração de médicos e dentistas para fazerem o atendimento gratuito às populações carentes. Mais de 100 mil pessoas já foram tratadas dessa forma. Um trabalho verdadeiramente cristão levando cuidados médicos e odontológicos diretamente ao povo.
ESCRAVIDÃO
A ideia de se construir uma ferrovia ligando o Atlântico com o Pacífico surgiu em 1950. Permaneceu, contudo, um sonho de noite de verão. Em 2008 o governo brasileiro relançou o plano denominado Ferrovia Transoceânica. Projeto para integrar as regiões do país e fomentar a economia. No nosso território serão 4.400 quilômetros até chegar ao Peru. A intenção é encurtar para 17.000 quilômetros a distância entre o Brasil e a China. Se fosse por nossa conta levaria séculos para acontecer, se não fosse abandonada. Como é do interesse da China e os chineses tem experiência em realizar megaobras em tempo curto, acredito que ainda terei oportunidade de viajar de trem para visitar Machu Pichu. Só resta saber se os operários chineses virão trabalhar respeitando a nossa CLT ou se tentarão no seu regime de escravidão.
REPITA
Albrecht Weinberg, sobrevivente do Campo de Extermínio de Auschwitz, recebeu a Cruz do Mérito Alemã, a maior decoração do país, pelo seu trabalho de visita a escolas para contar aos alunos as perseguições que ele e sua família sofreram. Ele resolveu devolver a condecoração após a aliança política dos Conservadores com a Extrema Direita. Justificou o ato com uma frase lapidar: “Temo que a história se repita”.
Em Belém do Pará temporal na decisão da Supercopa. Aos 12 minutos do primeiro tempo Bruno Henrique cobrou o pênalti que ele mesmo sofreu e marcou 1 a 0 para o Flamengo. Minutos depois o juiz decidiu suspender o jogo por 30 minutos. As duas equipes voltaram para o vestiário. A chuva continuou forte, o árbitro examinou o gramado, viu que a bola não rolava e determinou mais 30 minutos de espera. Depois de uma hora o tempo melhorou, passaram rodo perto das traves e Botafogo e Flamengo foram avisados que a partida seria reiniciada às 17:29 horas. Recomeçou e 3 minutos Bruno Henrique marcou um golaço. 2 a 0. Faltando os descontos do primeiro tempo e toda a segunda etapa. Sendo assim o Blog está sendo postado sem o resultado final.
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