INDEPENDÊNCIA

 

Nesta quinta-feira, 9 de Janeiro, estamos vivendo um dia histórico, que aos poucos vai sendo esquecido. No dia 9 de Janeiro de 1822, o príncipe regente Dom Pedro recebeu uma carta do pai, o rei Dom João VI, ordenando que voltasse imediatamente para Portugal. Era a pressão da Corte em Lisboa, pois Pedrito era o sucessor da coroa. Deveria regressar com o navio que trouxe a correspondência régia. Mas, houve uma manifestação em defesa da sua permanência no Brasil, liderada por José Bonifácio de Andrada e Silva, com o apoio da Imperatriz Maria Leopoldina da Áustria e uma lista com 8 mil assinaturas pedindo para que ficasse aqui. Dom Pedro então tomou a decisão anunciada na frase que ficou famosa: “Se é para o bem de todos e a felicidade geral da nação, estou pronto. Diga ao povo que fico”. O Dia do Fico foi o início do episódio que culminou com a declaração da independência.

PATRIOTAS

Aconteceu em Brasília o Abraço à Democracia. Foram devolvidas totalmente restauradas 23 das obras de arte atacadas e seriamente danificadas pelos vândalos no dia 8 de Janeiro de 2023. No Palácio do Planalto foi um ato de cidadania. Lula fez um curto discurso de improviso, “non sense”, comparando o amor do homem pela amante e pela esposa, para dizer que é amante da democracia, e depois leu um texto de estadista. Em seguida houve a descida da rampa para manifestação política na Praça dos Três Poderes. Lula e Alckmin foram, mas muitos dos convidados não acompanharam. Valeu o evento para não deixar esquecer o lamentável fato ocorrido nas sedes do executivo, legislativo e judiciário e porque mostrar o relógio ganho por Dom Pedro II, que os suíços nos entregaram funcionando perfeitamente e mais bonito do que antes, pela recomposição do dourado que estava desgastado pelo tempo. As obras restauradas nos custaram 26,2 milhões de reais. Um grande prejuízo causado pelos “patriotas”.

PSIQUIATRA

Joe Biden desistiu da candidatura à reeleição porque começou a evidenciar problemas de memória. Foi acusado de estar fora da casinha. O que será que está acontecendo com a cabeça de Donald Trump. Ele ainda não assumiu e já começou a declarar as loucuras que pensa. Quer o Canal do Panamá de volta, quer anexar o Canadá e a Groenlândia e quer mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América. Ameaçou usar a força para alcançar seu objetivo. Acho que precisa urgentemente consultar um psiquiatra.

DRAMÁTICA

É pavoroso o incêndio na Califórnia. Mais de dois mil imóveis, residências e empresas, já foram consumidos pelas chamas. Um milhão de pessoas está sem energia elétrica. Milhares foram concitados pela polícia e 170 mil tiveram que deixar suas residências. Além do perigo das chamas há também o risco da fumaça para a saúde dos habitantes de Los Angeles, Santa Mônica, Pasadena, Malibu e toda região afetada. Quem está por lá é a brasileira Fernanda Torres, que acabara de ganhar o Globo de Ouro de Atriz Dramática e iria assistir a uma exibição especial do Ainda Estou Aqui, que foi suspensa. Estando lá acabou vendo pela janela que a situação da Califórnia também é dramática.

DESTRUIÇÃO

O professor Evaristo Miranda, que foi pesquisador da EMBRAPA, aposentado após 43 anos de trabalho, engenheiro agrícola, ecólogo e escritor, afirmou, na Band News que o incêndio da Califórnia não é devido a mudanças climáticas. É consequência da urbanização da floresta. A Califórnia, junto ao Oceano Pacífico, tem clima mediterrâneo, muito seco durante o ano todo. Lembrou que naquela parte houve um incêndio no Canadá que em um ano destruiu mais árvores do que os incêndios em 4 anos na úmida Amazônia. Apesar disso, os milionários norte-americanos resolveram construir suas mansões em meio ao verde daquela região seca. Um toco de cigarro, o estouro de um transformador podem dar início a um incêndio em pinheiro resinoso e as residências são logo alcançadas pelas chamas. Mais rapidamente ainda o fogo se espalha pelo vento forte, como agora, chegando a 160 quilômetros. A destruição não é na parte agrícola e sim na urbanizada, dentro da floresta, com toda a trágica destruição.

CORPO

O Superior Tribunal Militar decidiu encaminhar para o Supremo Tribunal Federal a questão dos 4 coronéis (2 da ativa e 2 da reserva) que as investigações da Polícia Federal apontaram como autores da carta pressionando comandantes a aderirem ao projeto de golpe de estado. Certo o STM pois os militares de alta patente não cometeram um crime militar e sim uma ação para ser julgada pelo Código Penal Civil. Os ministros do STM lavaram as mãos como Pilatos. Assim a decisão final não poderá ser acusada de falta de coleguismo, nem de espírito de corpo.