ENCHENTES
A FURB ganhou a licitação da prefeitura e vai proceder a pesquisa para o novo mapeamento das áreas atingidas pelas cheias em Blumenau. A nossa universidade terá 8 meses para aprontar o trabalho de levantamento de todas as ruas e consulta aos moradores sobre o aumento do nível da água das chuvas dentro de suas casas. Assim a Defesa Civil poderá atualizar o seu arquivo de dados e fornecer informações fidedignas, confiáveis, no seu Alerta Blumenau, sistema de comunicação através dos celulares e veículos de comunicação, que inclui rotas de fuga e locais de abrigo. O Coronel Olímpio Menestrina, chefe da Defesa Civil, que vai continuar no cargo, convidado pelo prefeito eleito, roga aos blumenauenses para que não façam turismo sádico e deixem as rotas de fuga exclusivamente para os que tiverem necessidade de escapar das enchentes.
CIÚME
De Janeiro a Outubro, Blumenau foi a segunda cidade que mais criou empregos em Santa Catarina, que percentualmente obteve índice 40% mais elevado que o nacional. A primeira foi Itajaí e a região do Vale do Itajaí, com um terço das novas vagas, também foi o destaque estadual. Mas, apesar da oferta de mais oportunidades de emprego, Blumenau também aparece nas estatísticas negativas. É líder dos novos casos de dengue e tem o menor percentual de crianças e adolescentes vacinados. Também dá muito trabalho para os policiais por causa dos maridos e companheiros que agridem as mulheres. Não passa dia em que não seja anunciado pelo menos um caso de violência doméstica. Pelo jeito não é consequência da falta de dinheiro e sim excesso de ciúme.
PEDAGÓGICO
Concordo com a decisão dos Pais da Pátria de proibir o uso indiscriminado do telefone celular nas salas de aula e pátios das escolas. As crianças e adolescentes se empolgam com os joguinhos e papos nas redes sociais. Distraem-se, não acompanham o ensino dos professores e deixam de se socializar, que é outro benefício da vida escolar, quando se faz contato e amizade com colegas e chegam à depressão. Nas escolas públicas e privadas o celular deverá ficar restrito ao uso pedagógico.
HISTÓRICO
Foi aprovada a regulamentação da Reforma Tributária. Foram zarados impostos da cesta básica, reduzidas taxas de remédios e definida como evento histórico. A aprovação pelo Congresso Nacional foi comemorada nas redes sociais pelo presidente Lula, ministros e autoridades do Governo Federal como a primeira articulada num ambiente democrático e esperada a décadas. Lula definiu como “um passo fundamental para impulsionar o desenvolvimento econômico, atrair investimentos, fomentar a competitividade do setor produtivo e reduzir as desigualdades sociais e regionais”. Vamos ver se consegue derrubar o dólar, que fechou à cotação de 6,26 reais, também um recorde histórico.
TRABALHO
Volto à leitura do “Livro sobre livros” de Enéas Athanázio. Ele dedica um capítulo a Geoge Orwell, que ganhou fama por ser o autor das obras “1984” e “A Revolução dos Bichos”, das mais vendidas e lidas no mundo inteiro. Aborda, entretanto, outro livro de Orwell. Seu foco é “Um pouco de ar, por favor”, que classifica como autoficção envolvente. Aprendi que George nasceu na Índia Britânica e teve uma vida bastante atribulada nos tempos em que viveu na Birmânia e passou fome em Londres. Seu livro tem muitos lances autobiográficos. O personagem que criou tem 45 anos, está muito gordo, usa dentadura, mora num bairro inexpressivo e numa casinha igualzinha às outras. Inspetor de seguros, tem um carro velho e dois filhos, mas acima de tudo uma mulher que o escraviza, uma Hilda que o vigia dia e noite. Planeja breve fuga desse ambiente sufocante, como indica o título do livro. Nascido num lugarejo inglês, teve pai conformista e rotineiro e mãe vigilante, que controlava a sua vida e a do seu irmão. O pai era dono de uma loja de produtos agrícolas, que começou a declinar com a aproximação da I Guerra Mundial e a chegada de novos concorrentes. O menino é forçado a deixar a escola e trabalhar como empregado. Contenta-se com a situação e parece não ambicionar nada mais, orgulhoso do ordenado e do uniforme de trabalho.
NASCEU
Mas, a Ingalterra declara guerra à Alemanha e ele é convocado. Vai para Londres e depois para Paris, pronto para a luta. É ferido em combate e recupera-se no hospital. Surpresa ao ser designado para função burocrática num posto remoto onde nada acontecia. Lá permaneceu esquecido até o fim das hostilidades. Ingressa no mundo dos negócios e chega a uma posição de remediado. Os anos correm, conseguiu juntar algum dinheiro e decidiu fugir um pouco do cotidiano. Planeja fazer uma visita ao povoado onde nasceu.
ESTRAGOS
Vai de carro, sozinho e tem surpresas e decepções. A pequena cidade não existe mais, sufocada por fábricas e construções, ruas inteiras de casas iguais com telhados vermelho, com pequeno jardim de grama pisoteada na frente. Até a lagoa onde vira os maiores peixes da sua vida e pretendia pescar fora drenada e virara um lixão de latas e sacolas vazias. Para completar, nas proximidades do lugar havia sido construído um aeroporto para os aviões que se preparavam para a iminente II Guerra Mundial. Na sua permanência ali, por coincidência, uma bomba caiu sobre um bairro causando vítimas e estragos.
FAVOR
Num daqueles dias, andando pelas ruas sem rumo, avista uma mulher que lhe parece familiar. A segue até uma loja feia e suja em que entra. Vê que era Elsie, sua antiga namorada. Gorda, desgastada e desajeitada, nada mais restava da moça que o encantara. Compra cigarros e sai para continuar a caminhada, com a alma pesada e vontade de chorar. Para seu alívio ela não o reconheceu. Volta para o hotel e bebe bebe, como fazia desde que chegara. Hora do retorno à escravidão. Sem grande surpresa constata que a Hilda seguira todos seus passos. Sabia que não fora para a cidade que lhe dissera. Através de cartas de duas amigas bisbilhoteiras, conhecia todo o seu itinerário e estava convencida de que andara com outra mulher, o que não era verdade. A escravidão, como um polvo, estende os seus tentáculos, sentencia o escritor catarinense na análise do livro “Um pouco de ar, por favor”.
MUNDO
Nesta quarta-feira resolvi ver o melhor jogador do mundo em ação. Assisti ao jogo do Real Madrid contra o Pachuca e pude ver o que o Vinícius Jr. faz no time espanhol, dando dribles desconcertantes, ganhando dos zagueiros na velocidade, marcando gols e servindo companheiros com passes maravihosos e está devendo uma boa apresentação na seleção brasileira. A partida para decisão do título do Torneio Intercontinental em Abu Dhabi, no Catar. Os mexicanos não ficaram na retranca e durante trinta minutos equilibraram as ações. Mas aos poucos o Real Madrid foi se impondo. Vini Jr. deixou o goleiro Moreno sentado e tocou a bola para Mbappé marcar o primeiro. No segundo tempo Rodrygo fez jogada individual e, de fora da área, mandou o balão de couro no ângulo da meta do Pachuca. 2 a 0 e a vitória já se desenhava. Um pênalti que o juiz não viu e foi alertado pelo VAR foi assinalado e Vini Jr. foi encarregado de cobrar. Não foi uma cobrança perfeita e o goleiro adversário até bateu na bola. Todavia não conseguiu defender e 3 a 0 foi o resultado final. O Real Madrid ganhou pela nona vez competição mundial de clubes e o Pachuca vai continuar sonhando com a primeira. Com a bola cheia, Vinícius Jr. recebeu o troféu de melhor jogador em campo, trofeu de craque do campeonato e, com os demais companheiros, a taça. Grande alegria para os meninos da Escolinha do Flamengo de São Gonçalo, na qual mostrou desde cedo que iria conquistar o mundo.
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