CLIMÁTICOS

 


Exatamente às seis horas e vinte minutos deste sábado, 21 de Dezembro, dia do solstício e do atleta, teve início o Verão. Estamos sob influência fraquíerrima de “La Niña”. Vamos ver o que nos reserva em matéria de fenômenos climáticos.


MELHOR


No prefácio de “Conversa Com Ingo Hering, Hoje” o autor, Marco Antônio Arantes explica: “Este livro não se pretende uma biografia, mas sim uma entrevista com Ingo Hering e algumas pessoas que com ele conviveram. Entretanto, como não há corte no tempo, nem causa sem efeito ou efeito sem causa, cumpria contextualizar o entrevistado, ainda que minimamente. Daí abrirmos com uma curta incursão pelos últimos 150 anos, ou quase, da vida catarinense, o que torna inevitável algum conhecimento sobre os Hering, uma vez que a saga dessa família de imigrantes se confunde, em parte substancial, com a história recente de Santa Catarina, no seu melhor”.


FISCAIS


Marco Antônio Arantes conta que não conheceu Ingo Hering pessoalmente, que surgiu para ele em 2007, ano em que, se vivo fosse (faleceu em 1992) completaria 100 anos. Foi procurado pelo publicitário Francisco “Chico” Socorro com a ideia de fazer-se um livro, formatado como entrevista, com base nos artigos publicados por Ingo Hering. O projeto seria a sua homenagem ao amigo, para quem trabalhara por longos anos e por quem preserva o mais reverente e leal afeto. Comunicou que não tinha interesse por ser escritor de ficção e sobretudo porque seria indispensavelmente laudatória, visto que seria patrocinada pela empresa do homenageado, via incentivos fiscais.


COMEÇAMOS


Chico Socorro disse-lhe que era uma postura apriorística e preconceituosa. Sugeriu que conhecesse algo sobre os Hering em geral e sobre Ingo Hering em particular. Contou-lhe fatos sobre o amigo que queria homenagear e depois levou-lhe 4 livros. Duas coletâneas de artigos de Ingo Hering, “A Hering de Blumenau: um Século” e “Dos Camarins ao Espetáculo; 145 Anos de História do Teatro Carlos Gomes. Quando acabou a leitura ligou para o Chico e perguntou: “Quando começamos?”.


PLENAMENTE


O autor do livro, depois de lamentar não ter conhecido Ingo Hering pessoalmente, afirma que do que leu, ouviu, pesquisou e aprendeu, resulta um surpreendente polimorfo, um múltiplo de si mesmo, homem dotado de inúmeros olhares. Humanista, empresário, músico, cronista, urbanista, político legislador, mecenas das artes e, talvez sobretudo, um homem habitável, bem-resolvido consigo mesmo e com seu semelhante, afável e generoso. Eu que tive o privilégio de trabalhar e conversar bastante com ele concordo plenamente.


AGRADECIMENTO


Marco Antonio Arantes constatou que politicamente não poderia estar em campos mais opostos com Ingo Hering. Ao conhecê-lo, porém, sabia que isso não teria interposto entre o respeito e, quem sabe, a amizade. Ele tinha a dignidade e a coragem dos seus pontos de vista, o que não o impediu de conviver harmoniosamente com a diferença de percepções, a liberdade de pensamento e opinião. Por motivos contratuais, o livro precisou ser escrito com mais pressa do que devia e do que desejava. Cerca de 40 pessoas em Blumenau, Joinville, Florianópolis, Rio de Janeiro e Brasília contribuíram com suas impressões e lembranças. A todas manifestou o seu agradecimento.


PASQUIM


Foram quatro meses para pesquisar e pouco mais de um mês para escrever. Por isso pediu aos leitores e eventuais críticos a bondade de levar esse fato em conta. Seu prefácio termina com o maior agradecimento, a Francisco Socorro, pai da ideia do livro e companheiro, tão entusiasmado quanto incansável, na equipe de trabalho. Agora, pausadamente, vou ler e comentar os X Capítulos, o Caderno Fotográfico, os Depoimentos e as Entrevistas, com destaque para a do Pasquim.


MODERNIZAÇÃO


A Via Dutra, que liga São Paulo e Rio de Janeiro, foi construída na década de 1940 e é a mais importante rodovia brasileira. Por ela passam mensalmente 390 mil caminhões e veículos de carga transportando 50% do nosso PIB. Hoje está superada e representa um problema logístico e de infraestrutura, principalmente na Serra das Araras, com suas curvas sinuosas e desnível de 400 metros do alto à parte baixa. São constantes os acidentes. A CCR, que é a concessionária, já tem projeto pronto e vai investir 1,5 bilhão de reais para dotá-la de 4 pistas em cada sentido. Promete criar 5 mil vagas de empregos na construção, que abrangerá 23 viadutos nos 16 quilômetros da serra. Vai entregar em 2028 o trecho em direção ao Rio, com 50% de redução no tempo da descida, e em 2029 no sentido de São Paulo, encurtando em 25% o tempo de subida. Tomara mesmo que saia do papel e que seja realizado o que mostrou em vídeo no Construction Time. A Via Dutra carece de modernização.


RAZÃO


Magdeburg é uma cidade alemã que na época da imigração para o Brasil esvaziou sua cadeia mandando todos os presos para a colonização e branqueamento da população. Recebi a relação com os nomes, crimes cometidos e tempo de prisão a que foram condenados. Nunca publiquei e jamais publicarei porque devemos ter descendentes dos apenados e estes iriam sofrer chacota até de amigos. Magdeburg acaba de virar manchete mundial porque um médico psiquiatra, 50 anos, procedente da Arábia Saudita, com residência permanente na Alemanha, acelerou o carro e atropelou mais de 200 pessoas que caminhavam pela Feira de Natal. Matou 5, inclusive uma criança pequena, e feriu 78 sendo 41 hospitalizadas em estado grave. Minha mãe, não sei no que se baseava, dizia que médico que trata loucos acaba ficando louco. No caso de Magdeburg tenho que lhe dar razão.


BAHIA


Tragédia pior do que o atentado de Magdeburg, em número de mortes, o acidente acontecido em Teófilo Otoni, cidade mineira colonizada por famílias alemãs, quando, na BR-116, estourou o pneu de um ônibus, o motorista perdeu a direção e chocou-se com uma carreta e um carro, pegando fogo e deixando 22 pessoas mortas, na madrugada deste sábado. O ônibus saiu de São Paulo e seguia para Vitória da Conquista, na Bahia. 

 

GLOBO 


No Pacaembu reformado, ganhando 4 vestiários e esquecendo da chuva, cuja água teve refluxo e foi invadindo parte do próprio gramado, foi disputada a partida final da Taça das Favelas pelas seleções femininas do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. O Rio venceu de 2 a 1 e conquistou o tri. No masculino programado São Paulo x Espírito Santo. Mas a chuva diluviana aumentou e a PM mandou suspender a partida por questão de segurança. O público não gostou porque queria ver seus amigos e parentes em ação. A CUFA decidiu declarar as duas seleções campeãs do torneio. 12 estados das nossas 5 regiões estiveram representados nesta que é a maior competição futebolística mundial das favelas. Organizado pela Central Única das Favelas foi disputado pela primeira vez em 2012. E já revelou alguns craques que estão brilhando no futebol profissional do Brasil e Exterior. 800 mil rapazes e moças estiveram envolvidos nesta edição. Só achei que a premiação deixa a desejar. 15 mil para o time campeão, 10 para o vice e 5 para o terceiro colocado. O total de 30 mil reais para o masculino e 30 mil para o feminino representa muito pouco quando se sabe do valor total dos prêmios para os campeonatos de futebol profissional nacionais e internacionais. Se tiverem que dividir o prêmio São Paulo e Espirito Santo ficarão com 20 mil cada um. Mas valeu pela oportunidade das meninas terem aparecido na transmissão da TV Globo.


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