MUDAM
Quando casei, em 1958, fomos morar num apartamento do primeiro andar de prédio de dois andares, propriedade do Dr. Maierle, na então Rua Maranhão, hoje Luiz de Freitas Melro, baiano e advogado que tinha sua casa na esquina da nossa rua com a Alameda Rio Branco. Algum tempo depois mudou-se para o térreo um casal de alemães que tinha um filhinho de uns dois anos. Eles botavam a criança para dormir e saiam para se divertir. Uma noite o pequenino deve ter sofrido um pesadelo e começou a gritar. Nós e outros vizinhos corremos para ver o que estava acontecendo. Ficamos tentando acalmar o garotinho até a hora em que os pais voltaram. Achamos estranho o comportamento dos alemães. Agora ouço que, em Blumenau, a polícia foi chamada para atender crianças chorando. Uma largando o menor em casa e saindo para ajudar o marido a vender drogas. Outra denunciada pela vizinhança por sair frequentemente para baladas e o filhinho, acordado e com medo, também abrir o berreiro. Os tempos mudam.
SOBREVIVENTES
Avião bimotor da Voepass que saiu do Aeroporto de Cascavel, no Paraná, e dirigia-se ao Internacional de Guarulhos caiu em Vinhedo, no Estado de São Paulo. Pessoas que presenciaram o acidente narraram o ocorrido e vídeos mostram de vários ângulos que o avião em 2 minutos despencou de 5 mil metros de altura, chocou-se com o solo e foi tomado pelas chamas. A plataforma Flightradar24 registrou que a aeronave voava a 17 mil pés e a uma velocidade de 568 quilõmetros. O ATR-72 tinha a bordo 4 tripulantes e 57 passageiros. Sete equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Defesa Civil foram enviados para o local da queda. A Prefeitura de Vinhedo informou que não há sobreviventes.
PARAIBANA
A pequena cidade de Mataraca, na Paraíba, de apenas 8.300 habitantes, estava sonhando com se tornar metrópole futurista e epicentro do desenvolvimento global. Um investimento colossal de 9 trilhões de reais vindo da China, 120 vezes o PIB da Paraíba e quase igual ao do Brasil. O projeto da Brasil CRT, grupo de investidores chineses, para a construção de um megaporto “offshore” de última geração e infraestrutura de ponta. Facilitando a exportação do titânio, extraído no seu solo, e como atração turística o seu PIB atingiria os 230 milhões de reais por habitante. Era tanta esmola que o Ministério Público da Paraíba desconfiou, foram reveladas várias irregularidades e o projeto foi abruptamente cancelado. A transformação de Marataca ficou no protocolo de intenções assinado em 11 de Dezembro de 2023. Fim do início da nova era para a cidade paraibana.
BRASÍLIA
Na CPI da Covid realizada no Senado Federal em 2021, o infectologista Francisco Eduardo Cardoso Alves defendeu o uso da Cloroquina, medicamento antiparasitário, para o tratamento precoce da doença. Como se sabe a Organização Mundial da Saúde afirma que não há comprovação científica de que o produto seja eficaz contra o vírus. O médico em questão vai representar a classe no Conselho Federal de Medicina, com sede em Brasília.
CONCORDE
Surgiram comentários de que Maduro não quer largar a rapadura na Venezuela para não perder a imunidade. Sem ela pode ser preso, inclusive acusado de envolvimento com o tráfico de drogas. Talvez seja por isso que a líder da Oposição, Maria Corina Machado, anunciou que Edmundo Gonzalez oferecerá “garantias, salvo-conduto e incentivos” para o renitente. Ela declarou ainda: “Estamos decididos a avançar em uma negociação. Será um processo de transição complexo, delicado, no qual uniremos toda a nação”. Deus a ouça e o Maduro concorde.
FRUSTRADA
Na Olimpíada de Tóquio, em 2021, o Brasil conquistou 7 medalhas de ouro, 6 de prata e 8 de bronze. Total de 21. Fomos para Paris com delegação maior, com mais apoio financeiro e tenho a impressão de que não alcançaremos o mesmo número que foi recorde. Até mesmo as medalhas de ouro que nossa imprensa alardeava como favas contadas não estão sendo conquistadas. Só se deve cantar vitória depois de obtida e é preciso observar que todas as delegações mandaram para Paris a sua excelência esportiva. Estamos na última semana dos jogos, ainda nos restam algumas modalidades, mas até aqui foram apenas 3 medalhas de ouro, 6 de prata e 9 de bronze. Um total de 18 e muita expectativa frustrada.
ESPORTE
Tomei conhecimento de um fato que explica o porque dos Estados Unidos sempre brilharem nas competições internacionais. Eles tem uma lei como a nossa Lei Rouanet que incentiva a cultura brasileira. A deles dá benefício fiscal para as empresas que investirem nos esportes. Com belo desconto no imposto de renda os empresários norte-americanos tornam-se mecenas esportivos. O dinheiro é suficiente para manter os seus atletas vivendo nababescamente e obtendo os mais expressivos resultados. Independente da cor, credo ou gênero os “Yankees” estão sempre dispostos a jogar para vencer e gritar U-S-A (Iu Esse Ei). Nós temos que ir lutar com a nossa modesta Bolsa Esporte.
POSIÇÃO
O baiano Isaquias Queiroz atendeu ao pedido do filho. Ganhou uma medalha na Olimpíada de Paris. Na canoagem de velocidade, prova dos 1.000 metros, estava no quinto lugar e, quando faltavam 250 metros, deu uma arrancada espetacular, passando por 3 concorrentes e conquistando a prata. Do primeiro, um tcheco, reduziu a diferença de 5 segundos para apenas 1 segundo. Se a prova tivesse mais uns 200 metros ele traria ouro. Contribuiu para melhorarmos nossa colocação.
SUPERAÇÃO
Alison dos Santos passou sebo nas canelas, deu o que pôde e não conseguiu ir além da medalha de bronze. Mais um ouro para os EUA, com Rai Benjamin, e prata para a Noruega, com Karsten Warholm. Não conseguiu repetir o feito de Tóquio. Mas é o nosso campeão e exemplo de superação.
RITMICA
Na ginástica rítmica em função da qualidade e experiência das competidoras seria considerada uma zebra se a brasileira Bárbara Domingos conseguisse ganhar uma medalha. No aro ele cometeu erro grave e largou no último lugar. Na bola fez uma apresentação que empolgou a torcida. Na massa foi razoável. Nas fita, que é o seu melhor aparelho, teve toques da fita no corpo o que tira pontos da nota. Não conseguiu escapar do décimo lugar. Seja como for, ela conseguiu a vaga inédita e entrou para a nossa história esportiva ao ser a ginasta brasileira que conseguiu a melhor colocação em Olimpíada na ginástica rítmica.
DUPLA
A decisão do vólei de praia feminino começando às 17:30 horas obrigou-me a não postar o Blog às 18 horas, como costumeiramente faço. Assim posso comentar o que aconteceu com a nossa dupla Ana Cristina e Duda contra as canadenses Melissa e Brandie. Primeiro “set” começaram mal, chegaram a estar 6 pontos atrás. Conseguiram empatar em 17 e aí passaram a frente. Mas, só conseguiram fechar com 26 a 24. 1 a 0 para o Brasil. Segundo “set” as canadenses desequilibraram e venceram por 21 a 12. Decisão no terceiro “set” o Brasil se impôs no “tie-brake”: 15 a 10 e ouro para a nossa grande dupla.
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